Geology of the Coastal Province of Rio Grande do Sul, Southern Brazil. A Synthesis.

Abstract

A Província Costeira do Rio Grande do Sul é constituída por dois grandes domínios geológicos distintos, o Embasamento e a Bacia de Pelotas. O primeiro, uma plataforma composta pelo complexo cristalino pré-cambriano e pelas sequências sedimentares e vulcânicas, paleozoicas e mesozoicas, da Bacia do Paraná, submetido a sucessivos basculamentos resultante da tectônica que acompanhou a abertura do Atlântico Sul, durante o Cretáceo deu origem ao segundo, uma bacia marginal aberta. Desde então, a Bacia de Pelotas passou a receber a carga clástica derivada da dissecação das terras altas adjacentes. Sucessivas transgressões, controladas no princípio pela tectônica e a partir do Terciário pelas variações globais de nível do mar, proporcionaram a acumulação de uma sequência clástica (cascalhos, areias e lamas) com mais de 5.000 metros de espessura, onde são muito raras as camadas carbonáticas e estão ausentes as evaporíticas tão características das demais bacias da margem continental brasileira. Mapeamento geológico e geomorfológico da porção superior desta sequência que se expõe na Planície do Rio Grande do Sul e que configuram a superfície desta região, mostram que ela é constituída por um conjunto de fácies sedimentares, descontínuas no espaço e no tempo resultantes do deslocamento de diversos ambientes de sedimentação (continentais, transicionais e marinhos) por sobre a mesma região. Além da caracterização sedimentológica de depósitos marinhos rasos, praiais, eólicos, lagunares, paludais, deltáticos, fluviais e de leques aluviais, os estudos evidenciaram acumulações importantes de areias negras (titânio e zircônio), areias para construção civil e indústria do vidro, argilas para cerâmica, diatomitos, concheiros e grandes turfeiras. A exploração destes recursos minerais, efetuadas dentro de um programa adequado de manejo costeiro, só não ocasionará danos ecológicos se este gigantesco e complexo ecossistema costeiro, vulnerável pela sua própria natureza, for perfeitamente conhecido.

Biostratigraphy of the Pleistocene Fossiliferous Deposits of the Southern Brazilian Coastal Area

“…During the Quaternary, sea-level oscillations correlated to glacial cycles reworked the uppermost sediments of the Pelotas Basin, as evidenced by facies changes and microfossil assemblages recovered from drilling holes (Closs 1970;Carreño et al 1999). As a result of these oscillations, two major depositional systems were formed parallel to the coastline: the Tertiary Alluvial Fans System and the Quaternary Complex Multiple Barrier system (Villwock 1984;Villwock et al 1986). The Complex Multiple Barrier System is subdivided into four major barrier-lagoon depositional systems and associated features.…”

“…Following the re-interpretations of the regional geology proposed during the 1980s (e.g., Villwock 1984;Villwock et al 1986), the lithostratigraphic scheme was abandoned in favor of a chronostratigraphic framework that recognizes the geomorphological units of the CPRS as depositional systems formed at distinct times. Under this framework, the fossiliferous layer containing vertebrates exposed along the banks of Chuí Creek is now correlated with the fluvial facies of Lagoon System III, younger than most of the fossils from the continental shelf.…”

Holocene evolution of Itapeva Lake, Rio Grande do Sul, Brazil: Palynomorphs Corg, N, and S records

“…The most significant features are four distinct transgressive-regressive depositional barrier/lagoon-type systems (Villwock, 1984;Tomazelli and Villwock, 2000), formed under the predominant control of Quaternary climatic variations and sea-level fluctuations. According to Tomazelli and Villwock (2000), three Pleistocene lagoon/ barrier systems (I, II and III) can be correlated with oxygen isotope stages 11, 9, and 5, respectively.…”

“…In the northern coastal plain of Rio Grande do Sul, the holocenic transgressive-regressive cycle resulted in the formation of a lagoon/barrier depositional system (Lagoon/ Barrier System IV) described by Villwock (1984) and Tomazelli and Villwock (2000).…”

Pleistocene mammals from the southern Brazilian continental shelf

“…The presence of such remains in submarine environment is attributed to fossiliferous deposits that were formed on areas of the continental shelf that have been under subaerial exposure due to sea-level oscillations during the Quaternary (glacio-eustasy). This exposition is correlated to glacial maxima, when sea-level dropped 120 m below the present level all around the globe (Villwock, 1984;Corrêa et al, 1996;Bridgland, 2002). In the Brazilian continental shelf, such fossils have been recovered so far only from its southernmost portion, in the coast of the Rio Grande do Sul State, mostly on the beach but also from deeper locations, such as the Parcel do Carpinteiro, a submarine rocky structure located at 32 16 0 S Â 051 47 0 W at a depth of 25 m (Buchmann, 1994;Buchmann et al, 2001).…”