ResumoO Brasil é um grande produtor e exportador de carne bovina. Entretanto, carcaças com alterações anatomopatológicas podem causar prejuízos econômicos por receberem algum tipo de condenação ou aproveitamento condicional. O objetivo do trabalho foi analisar as alterações anatomopatológicas e os destinos dados as carcaças bovinas no Brasil, no período de 30 de março de 2017 a 31 de dezembro de 2019. Os dados foram coletados por meio do Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (SIGSIF), disponível online por meio do MAPA. Observou-se que foram abatidos 67.456.321 bovinos e 2,0% das carcaças foram condenadas ou aproveitadas condicionalmente. A região Sul do país obteve maior ocorrência de alterações anatomopatológicas nas carcaças (4,5%), enquanto o Nordeste obteve a menor (0,1%). O principal critério de julgamento de carcaças no país foi a condenação parcial, com 81,7% dos julgamentos estabelecidos. As principais causas de condenações e aproveitamento condicional foram contaminação (31,5%), cisticercose (21,2%), contusão (11,3%), adenite (7,4%) e abcesso (6,5%). Notou-se que a padronização dos registros no SIGSIF seria importante para coleta mais clara das informações e para o próprio registro por parte dos abatedouros. Evidenciou-se a importância da inspeção veterinária para garantir a comercialização de carnes seguras aos consumidores.