Dentre as classes de medicamentos existentes em uma instituição hospitalar, os antimicrobianos (AMB) são os mais prescritos. Eles são utilizados no tratamento para doenças infecciosas diminuindo a mortalidade e morbidade dessas doenças. Como reflexo, essa classe também é mais prescrita em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O objetivo do estudo foi descrever o padrão de consumo de antimicrobianos nas UTIs do Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (HUGO) frente a metodologia Anatômica Terapêutica Química (Anatomical Therapeutic Chemical – ATC)/Dose Diária Definida (DDD), bem como comparar valores obtidos com valores da DDD fornecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), durante o período de fevereiro e março de 2022. O consumo dos antimicrobianos foi expresso em DDD por 1000 pacientes/dia. Utilizou-se a classificação ATC/ DDD da OMS. Ao total 196 pacientes estiveram internados nas Unidades de Terapia Intensiva, dentre os quais 58,54% (UTI1), 66,22% (UTI 2), 74,51% (UTI 3) e 65,63% (UTI 4) eram do sexo masculino, com prevalência de pacientes idosos sendo 69,09% (UTI 1), 61,36% (UTI 2), 65,76% (UTI 3) e 61,43% (UTI 4). Os antimicrobianos mais consumidos foram Ceftriaxona, Meropenem, Piperacilina + Tazobactam e Vancomicina. O uso de antibióticos e a crescente resistência a eles no ambiente da UTI destacam a necessidade urgente de uma melhor administração dessa classe focada na UTI, com foco em facilitar a administração imediata de terapia antimicrobiana apropriada entre pacientes com risco de infecção.