Globalização e a mudança do papel da universidade federal brasileira: uma perspectiva da economia política

Abstract

A proposta deste artigo é analisar a atual fase de internacionalização da educação superiore suas conseqüências para este setor social no Brasil, considerando a hipótese de que esteprocesso ocorrido em outros momentos da história da educação brasileira orientava-sepredominantemente por demandas acadêmicas dos alunos e professores, mas, naatualidade, em face da globalização da economia capitalista, o que assistimos é umaglobalização da educação superior pública motivada por demanda econômica e parte daglobalização da economia com conseqüências o seu papel sócio-econômico e peloestabelecimento de uma hierarquia das áreas do conhecimento orientada pela globalizaçãodo capital financeiro.

A produção científica no CBCE/CONBRACE: a formação continuada de 2007 a 2013 em foco

“…Há um consenso entre tais estudiosos de que as reformas educativas que vêm acontecendo em nosso país objetivam adequar o sistema educacional ao processo de reestruturação produtiva frente à internacionalização do capital e globalização da economia, imprimindo uma forte concepção mercadológica de educação, refletindo a dependência das políticas de Estado e educação aos organismos internacionais tais como BIRB/Banco Mundial e FMI (AN-FOPE, 2010, 2012SGUISSARDI, 1998;FRIGOTTO, 2008;FREITAS, 2002, SILVA JúNIOR, 2002.…”

“…A realidade destes fatos é condizente ainda a um plano maior que diz respeito ao desenvolvimento econômico-social do Brasil, continua um país de desenvolvimento desigual, de maior concentração econômica, de infraestrutura, serviços e população nas cidades do Sudeste (SILVA JúNIOR; SPEARS, 2012).…”

“…A compreensão da relação entre educação e trabalho requer reconhecer que historicamente o professor, como proletário do ensino, foi destituído das condições de controle de seu próprio processo de trabalho e conduzido a uma desqualificação crescente sob as relações capitalistas, que reduziu cada vez mais sua parcela de responsabilidade no que se refere a pensar o processo de produção do ensino (FREITAS, 2007;SILVA JúNIOR;SPEARS, 2012;PI-MENTA;ANASTASIOU, 2014).…”