“…De todo modo, o ponto é que, guardadas as suas diferenças, ambos trabalham em cima de um modelo de cidade-global que "se estrutura em torno da idéia de que cabe às cidades se preparar para as novas forças da economia global", de que "possam servir como suporte físico aos fluxos econômicos, à atuação das empresas", se especializar, ser competitivas, devem se adaptar (Ferreira, 2003:155) 16 "A flexibilidade, globalização e complexidade da nova economia do mundo exigem o desenvolvimento do planejamento estratégico, apto a introduzir uma metodologia coerente e adaptativa face à multiplicidade de sentidos e sinais da nova estrutura de produção e administração" (Castells apud Vainer, 2000a:76). 17 Que, nesta compreensão, ganham conotações sempre benéficas, não havendo espaço, por exemplo, para se pensar a transferência tecnológica como um dispositivo de implementação de ordens culturais e sociais (Morandé 1984; García de la Huerta 1992 apud Escobar, 1995:36 Um dos desdobramentos desta leitura dominante, que encara a globalização unicamente pelo viés dos fluxos, do indivíduo, da economia, da técnica e do desbordamento, é a neutralidade política (Abascal et al, 2008;Scholte, 2005), conforme constatou Milton Santos:…”