Este artigo é resultado de uma pesquisa que investiga o que chamamos de currículo-museu com gênero e suas possibilidades de aprender no acervo do Memorial Minas Gerais Vale em Belo Horizonte/MG. A partir dos estudos pós-críticos de gênero e currículo foi utilizada a metodologia do diário de campo e da observação participante do cotidiano do museu. O objetivo foi mapear possibilidade de aprender com as “encruzilhadas de gênero” no museu, isto é, aqueles momentos em que as normas de gênero são colocadas em xeque. Foram selecionados uma máquina de costura e um regador de metal como elementos problematizadores na pesquisa teórica e empírica. Os resultados indicam que um currículo-museu pode oportunizar encontros múltiplos ao produzir deslocamentos no aprender sobre gênero. Por fim, o estudo aponta a relevância de uma prática curricular permeável às diferentes leituras de mundo e aos diferentes modos de existir.