ResumoEste artigo apresenta uma análise das concepções de gênero presentes no documento "Política nacional de enfrentamento à violência contra as mulheres (2011)
ResumoApresentamos uma reflexão teórica acerca no uso do nome social e do uso do banheiro por estudantes travestis e transexuais na escola pública brasileira. Partimos de uma breve revisão da literatura brasileira, produzida entre 2006 e 2014, sobre o banheiro e o universo trans no campo dos estudos pós estruturalistas de gênero, procurando pontos de convergên-cia e divergência entre os autores e evidenciando possíveis diálogos intertextuais com a política pública do direito ao uso do nome social. A partir do recorte de uma pesquisa realizada numa escola do município de Belo Horizonte/Brasil, percebemos como as (trans)subjetividades produzem resistências no cotidiano educacional, revelando o não lugar de sujeitos travestis e transexuais na escola. Nesse contexto, o uso do banheiro é tomado como um analisador institucional das incongruências de gênero presentes entre a demanda e a norma.
Este artigo tem como objetivo refletir sobre gênero, currículo e políticas públicas na experiência de elaboração do Plano Municipal de Equidade Gênero de Belo Horizonte. No contexto nacional de retrocesso nas políticas públicas de gênero, a área de educação tem sido duramente afetada, apesar de sua relevância na promoção da cidadania e no enfrentamento às violências sexistas. O texto analisa o Plano e os silenciamentos de gênero a partir dos estudos teóricos pós-críticos que destacam a dimensão relacional e discursiva de gênero em interface com o currículo. Para isso, foram selecionados e problematizados quatro relatos do diário de campo como norteadores da pesquisa teórica e empírica. Os resultados evidenciam convergências e divergências na concepção de políticas públicas de gênero entre poder público, movimento social, sociedade civil e academia. O estudo aponta que o Plano pode ser tomado como uma forma de existência e resistência no campo da equidade de gênero.
Este texto apresenta o relato reflexivo do projeto de formação continuada docente na rede municipal de educação de Belo Horizonte, entre 2015 e 2018, no campo das relações de gênero. A parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais promoveu as condições necessárias para a realização e integração das atividades acadêmicas de extensão, ensino e pesquisa nos níveis da graduação e pós-graduação. Apesar do contexto político nacional das ofensivas antigênero no campo educacional, a demanda por ações formativas partiu de docentes e gestores/as da educação ao se depararem com os impactos das assimetrias na aprendizagem entre meninas e meninos, bem como situações de violência de gênero na escola. À luz dos pressupostos teóricos pós- estruturalistas de gênero, a formação utiliza metodologias diversificadas como grupos de estudo, seminários, oficinas pedagógicas e estudos de caso em diferentes espaços da cidade como escolas, universidade e museus. A análise dos quatro anos do projeto revela a importância de uma abordagem interdisciplinar das relações de gênero e de caráter permanente, pois ações formativas isoladas têm se mostrado ineficazes.
Este artigo é um recorte da investigação de Pós-Doutorado em Educação realizada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) entre os anos de 2020 e 2021, que teve como foco problematizar as relações de gênero ditas, não ditas e interditas no acervo de diferentes museus da cidade de Belo Horizonte, MG. À luz dos estudos pós-críticos de gênero e currículo, foram realizados encontros, observações e interlocuções imaginativas com discentes e docentes de escolas públicas, bem como com as equipes do setor educativo de cada espaço, durante as visitas aos museus. Nessa fricção, foi concebida a ideia de currículo-museu, isto é, um artefato cultural que ensina e produz leituras sobre o mundo, podendo acontecer em territórios outros, como o museu. Para a construção do texto, foi escolhido o Museu da Moda e selecionados três (des)objetos museais, compreendidos como um exercício discursivo de estranhamento de gênero no museu – uma antiga máquina de costura, uma bolsa de veludo e um chapéu de palha – como elementos problematizadores na pesquisa teórica e empírica. Os resultados evidenciam que um currículo-museu oportuniza potentes composições com (des)objetos em museus, gerando deslocamentos na prática do aprender sobre gênero. Por fim, o estudo sinaliza a relevância de uma prática curricular ampliada pautada no debate das relações de gênero e da diversidade no museu.
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