Atualmente, as pessoas gordas ainda sofrem muito preconceito por conta de sua forma e constituição corporal, é o que chamamos de Gordofobia. Ela acontece em muitos espaços, inclusive na escola e nas aulas de Educação Física, lugares em que tem sido naturalizada pela comunidade escolar. Neste contexto, o objetivo da investigação foi o de compreender o atual Estado do Conhecimento científico sobre a Gordofobia no ambiente escolar, relacionando-o às aulas de Educação Física Escolar e às possibilidades de ressignificação paradigmática proporcionadas por este componente curricular. É uma pesquisa qualitativa, descritiva e de construção de um Estado do Conhecimento sobre a Educação Física e um dos seus objetos de estudo, o corpo. Identificamos 312 produções, das quais 07 foram selecionadas e submetidas à uma Análise de Conteúdo Categorial que produziu duas categorias de análise: 1) Bullying gordofóbico; e 2) Gordoativismo educacional. Concluiu-se que a Gordofobia ainda é uma realidade em nossas escolas e que sua naturalização tem se mantido mesmo com as mais recentes discussões e tensionamentos. Também, que é problema que necessita de enfrentamento urgente, sobretudo pelo sofrimento que causa a milhares de estudantes notados como fora de um padrão ou modelo corporal valorizado socialmente. Não obstante, as aulas de Educação Física são um profícuo tempo/espaço de educação corporal, de alfabetização corporal estudantil voltada para a empatia e para a compreensão da diferença humana, da diferença dos corpos e de reflexões sobre a prática da Gordofobia, assim como percebido em inúmeras iniciativas apontadas no Estado do Conhecimento construído nesta investigação.