Governança Metropolitana No Contexto Latino-Americano: Estratégias E Potencialidades Da Pesquisa Em Geografia Política

Abstract

O debate contemporâneo sobre democracia participativa vai ao encontro das propostas de novos arranjos político-territoriais que buscam construir relações mais virtuosas entre cidadão e Estado. Nessa perspectiva, o artigo propõe discutir a governança metropolitana a partir da premissa de que novas estratégias de gestão de territórios são fundamentais para se pensar as dinâmicas contemporâneas do fenômeno urbano. Para tanto, utilizamos pesquisas já desenvolvidas sobre a Região Metropolitana do Rio de Janeiro para analisar a proposta de governança da região metropolitana da Cidade do México a partir da nova Constituição Política promulgada em 2018. Com uma investigação comparativa entre os dois casos, o artigo revela as virtudes e os impasses existentes na nova carta constitucional da capital mexicana e aponta características político-espaciais que precisam ser levadas em consideração para gerir uma das maiores aglomerações urbanas do mundo.

Territorial and Electorate Size Influence: Participation/Competitiveness in Costa Rica’s 2016 Local Scale Elections

“…With a markedly different territory, it is necessary to create distinct rules that are needed for geographically different political units. Moreover, in the interconnected world of the twenty-first century, it is urgent to devise strategies that move in both directions: create politicaldemocratic systems for larger agglomerations (such as metropolitan regions -see Silva and Azevedo 2020-) and smaller agglomerations (such as tiny municipalities). The geographical complexity of the twenty-first century imposes a political-institutional complexity for improving the democratic system.…”

Região Metropolitana do Rio de Janeiro e seus Sistemas de Abastecimento de Água no Século XXI

“…No caso da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), os estudos apontaram a singular manifestação dos efeitos da reestruturação produtiva no espaço metropolitano registrada por Davidovich (2001;, nas respostas do arranjo metropolitano às mudanças climáticas assinaladas por Gusmão (2009) e por Egler e Gusmão (2014), bem como nos problemas ocasionados pela dissociação entre investimentos de grande porte e esferas locais de gestão pública descritos por Gusmão (2010), nas possibilidades de governança integrada e coparticipativa na Região examinadas por Silva (2017;2020), entre muitos outros trabalhos 3 . Ou seja, de modo bastante resumido, o processo de metropolização no Rio de Janeiro é relativamente recente.…”

A Territorialização Dos Investimentos Chineses No Processo De Reestruturação Econômica Do Território Fluminense Entre Os Anos 2010 E 2018

“…Apesar dessa separação não se limitar ao período imperial, mantendo-se durante as sete primeiras décadas do período republicano e após a transferência do Distrito Federal para Brasília, em decorrência da separação entre os estados da Guanabara e do Rio de Janeiro; há que se pontuar aqui que, a singularidade decorrente do exercício da capitalidade e das várias transformações no estatuto político-jurídico-administrativo fluminense se encerrou com a institucionalização do atual estado do Rio de Janeiro, em 1975(MARAFON et al, 2005OSÓRIO, 2005;OLIVEIRA, 2008;AZEVEDO, 2020).…”