Gradientes Pluviométricos Do Estado De Pernambuco: Uma Análise Do Litoral Ao Semiárido

Abstract

A precipitação pluvial é uma das variáveis mais importantes para a atividade agrícola, com variabilidade espaço-temporal em função da localização geográfica e de fenômenos atmosféricos. Assim, objetivou-se identificar a influência de fatores geográficos e de fenômenos atmosféricos que contribuem para a variabilidade espaço-temporal da precipitação pluviométrica do litoral ao semiárido do estado de Pernambuco. Foram usados normais climatológicas de precipitação pluviométrica de 11 municípios do estado de Pernambuco, provenientes do Instituto Nacional de Meteorologia. Os valores mensais e anuais foram relacionados aos dados geográficos, por meio de análise de regressão, e as suas tendências foram associadas a fenômenos atmosféricos regionais. Verificou-se que houve relação significativa da altitude, quando não se considerou os dados do município de Recife, e da longitude, sendo desprezados dados de Triunfo, com a precipitação pluviométrica anual e a maioria dos dados mensais (p < 0,10). Essas tendências estão associadas às penetrações de sistemas frontais e ao posicionamento da Zona de Convergência Intertropical no nordeste brasileiro. Conclui-se que os gradientes pluviométricos do litoral ao semiárido de Pernambuco são explicados pela variação do relevo.

Influence of climatic variables on the epidemiological situation of dengue in the Ceará- Brazil

“…In this study, the PA in the rainy season (2013-2018) varied from 364.3-600.5 mm, with the last two years having the highest rainfall indexes 551.6 and 600.5 mm. The rainfall levels found are compatible with other semi-arid regions of the country (Lucena, Cabral Junior & Steinke, 2018;Francisco & Santos, 2017;Silva et al, 2018).…”

Dinâmica espaço-temporal das anomalias de precipitação em uma região semiárida, Nordeste do Brasil

“…Não obstante, observa-se também que a maioria dos anos de precipitação abaixo da média estiveram associados à ocorrência de El nino ou da fase positiva do dipolo do atlântico sul. No que se refere a essa diferença das médias anuais de precipitação entre os postos, pode ser justificada pela variação dinâmica atmosférica, sistemas meteorológicos e em alguns pontos, a posição geográfica que proporciona a ocorrência de fatores topoclimáticos (Thornthwaite, 1953;Marra & Morin, 2018;Silva et al, 2018). Por seu turno, Wu et al (2020) evidenciaram significativa relação do aumento da frequências de eventos de El Niño, no Pacífico Tropical e o período mais quente do Atlântico Norte, com a duração e intensidade dos eventos extremos de secas em todo o Nordeste do Brasil.…”

“…Por seu turno, Wu et al (2020) evidenciaram significativa relação do aumento da frequências de eventos de El Niño, no Pacífico Tropical e o período mais quente do Atlântico Norte, com a duração e intensidade dos eventos extremos de secas em todo o Nordeste do Brasil. Ademais, é importante destacar que o gradiente de precipitação do estado de Pernambuco tende a diminuir à medida em que se distância do oceano, apresentando algumas exceções, como exemplo das regiões que recebem influência da altitude (Silva et al, 2018 No que tange as anomalias anuais de chuva, Mutti et al (2020) ao caracterizarem bacias semiáridas, também não constataram a ocorrência de anos extremamente úmidos ou extremamente secos entre 1962 e 2015 na bacia hidrográfica de Piranhas-Açu, que compreende os estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba, Brasil. Em contraste, verificaram a ocorrência de eventos anuais extremos de chuva ao estudarem dados pluviométricos de 14 postos inseridos na subbacia hidrográfica do rio Piracuruca, localizada entre os estados do Ceará e do Piauí.…”

“…Contudo, os fenômenos El Niño e La Niña e o dipolo do Atlântico não são capazes, isoladamente, de explicar as anomalias positivas e negativas de precipitação no Semiárido, ou seja, a interação desses fenômenos com os sistemas meteorológicos como a ZCIT, os Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), brisas marinhas, variação da pressão atmosférica e altitude, e relevo é que são determinantes no regime e variabilidade de chuvas do Nordeste do Brasil, além da atuação de sistemas convectivos e massas de ar predominantes na região (Andreoli & Kayano, 2007;Marengo et al, 2011;Carvalho & Oyama, 2013;Reboita et al, 2016;Silva et al, 2018). Nesse sentido, no que diz respeito aos VCANs, apesar de poucos trabalhos relatarem sua influência, por exemplo, na variação espaço-temporal da precipitação, Diniz & Pereira (2015) relataram que este contribui para a variação espacial da precipitação no Nordeste do Brasil e, por conseguinte, no Sertão de Pernambuco.…”

Variabilidade espacial e temporal da precipitação pluviométrica na região hidrográfica do Paraguaçu - BA

“…7. As this parameter is a measure of dissimilarity, the shorter the distance between the data, the greater the similarity between them (SILVA et al, 2018).…”