“…Inserção profissional de diplomados: contornos e possíveis razões das diferenças entre percursos de mulheres e homens A investigação sociológica tem contribuído para destacar a multiplicidade de fatores pessoais, sociais e contextuais que condicionam as escolhas escolares, bem como os processos de transição entre a escola e mundo do trabalho (Raffe, 2014). No caso dos graduados do ensino superior em Portugal, se por um lado os seus diplomas significam condições de trabalho e de emprego mais favoráveis, por outro lado desde o início deste século que se verifica uma deterioração geral dessas condições (Alves, 2009;Alves, Morais e Chaves, 2017) e se assinala a existência de desigualdades na transição para o mercado de trabalho, que decorrem de características pessoais e sociais dos diplomados (Chaves e Morais, 2014;Alves, 2016;Monteiro, Almeida e Aracil, 2016). Neste conjunto de investigações, existem indícios de que o sexo dos graduados é uma variável relevante para compreender assimetrias nos percursos de inserção profissional, sendo a sua influência mediada por outras variáveis como, por exemplo, as áreas de estudos escolhidas, as experiências profissionais durante a frequência académica ou a procura de formação ao longo da vida, incluindo pós-graduações.…”