“…A DBT Steps-A, adaptação da DBT para o contexto escolar veio com a promessa de uma opção viável para atender a essa necessidade, contudo, o programa leva a crer que sejam necessárias mais investigações para determinar se as habilidades do DBT aplicadas nesse contexto realmente respondem por mudanças ou se essas mudanças acontecem devido ao fato de os estudantes terem encontrado um sistema de apoio e linguagem em ambiente que rotineiramente frequentam(FLYNN, 2018).Os estudos apresentados que destacam a implementação de protocolos de tratamento com pacientes adolescentes internados também mostram uma melhora nos comportamentos de risco, mas de forma geral, os pacientes que apresentaram algum grau de comprometimento cognitivo ou diagnósticos comórbidos foram excluídos, indicando então que essas pesquisas não puderam avaliar os resultados da DBT para pacientes com outras questões que também podem colocar a vida em risco como por exemplo o consumo de drogas ou transtornos alimentares, bastante comuns nesses pacientes com ideação ou tentativa de suicídio e automutilação(KATZ et al, 2004).A avaliação da discrepância entre os resultados qualitativos e quantitativos nos estudos apresentados também é destacado aqui. Os dados qualitativos positivos se apoiam na ideia de os adolescentes aprenderem uns com os outros e desenvolver as habilidades dentro de um grupo de suporte terapêutico que em contraste com os dados quantitativos sugerem que o treinamento de habilidades sozinho pode não ser suficiente para reduzir sintomas de ansiedade e depressão ou melhorar significativamente o funcionamento da vida (QUINN; HYMAS, 2017) Conforme antecipado, com base nos resultados dos programas aqui apresentados, os tratamentos em DBT adaptados para a faixa etária parecem ajudar os adolescentes a melhorar suas capacidades de regulação emocional e consequentemente, minimizam os comportamentos de risco, contudo, alguns dados devem ser considerados, um deles se refere aos diferentes tamanhos de amostra, muitos com número reduzido de participantes(GILL et al, 2017). Um outro ponto a refletir é o quão influenciável é a melhora dos pacientes quando há ou não a participação dos familiares nos treinamentos de habilidades em DBT e qual a diferença entre os tratamentos com DBT standard para os tratamentos que contemplam somente o treinamento de habilidades adaptado para adolescentes, e por fim, qual a fidedignidade das medidas utilizadas para avaliar essa melhora(GILL et al, Os autorrelatos dos adolescentes são um ponto a explorar, pois muitos deles podem sofrer flutuação, visto que se trata de pacientes que de uma forma geral são estavelmente instáveis em suas emoções, o que interfere diretamente na apresentação dos sintomas e consequentemente na mensuração e avaliação dos mesmos (…”