Grupo de gestantes e casais grávidos: fortalecendo a humanização do parto e nascimento

Abstract

Objetivo: Identificar qual a contribuição de um grupo de gestantes e casais grávidos para consolidação do princípio de humanização do parto e nascimento, na percepção das mulheres e seus acompanhantes. Método: pesquisa qualitativa descritiva e exploratória. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas no período de agosto de 2018 a março de 2019. A análise foi realizada qualitativamente, conforme a proposta operativa de Minayo. Resultados: As atividades de educação em saúde desenvolvidas no grupo contribuem para a promoção e proteção do parto como processo saudável e fisiológico, preparam a mulher para a tomada de decisões e fortalecem as mulheres para o parto possível. Considerações finais: O Grupo de Gestantes e casais grávidos tem contribuído para a humanização da assistência ao parto e nascimento, proporcionando uma experiência agradável para os participantes.

Inclusão de homens em serviços de saúde e atividades educativas: percepção dos pais

“…Especificamente, o grupo de gestantes deve contemplar estratégias para o enfrentamento das mudanças decorrentes da gestação, uma vez que possuem cunho terapêutico e informativo para a mulher e para a família. Alguns destes, ainda investigam a contribuição desta atividade exclusivamente para ela, mulher, pois normalmente o companheiro é abordado de forma breve, fato este que pode estar ligado ao local e horário que esses encontros acontecem (12) .…”

Percepção das participantes de um grupo de gestantes acerca da assistência ao pré-natal na atenção básica

“…Resultados similares foram verificados em pesquisa que trabalhou educação em saúde através de grupo de gestantes, concluindo que a decisão quanto a via de parto possui correlação direta quanto ao fornecimento de informações por equipe multiprofissional que trabalha com esse tipo de grupo. As gestantes participantes reiteraram a contribuição do grupo, relataram que muitas das orientações fornecidas nas reuniões foram recordadas e praticadas, tendo-as ajudado na tomada de decisões e a vivenciar melhor todo o processo (LIMA et al, 2021).…”

“…Fornecer informações sobre autocuidado durante a gestação e o puerpério trazem inúmeros benefícios, além de fortalecer o protagonismo da mulher frente a esse processo, as potencialidades individuais e coletivas, reduzem a ansiedade e contribuem para que as gestantes tenham informações sobre a humanização ao parto e ao nascimento. Evitam ainda intervenções desnecessárias, pois as gestantes munidas das informações sobre parto e trabalho de parto, reconheceram o momento certo para buscar atendimento nas maternidades (BARBOSA et al, 2023;LIMA et al, 2021).…”

“…Apesar destes benefícios, tal prática ainda não é vista na maioria dos cenários da APS, e quando implantada encontra alguns empecilhos como a adesão assiduidade das gestantes. O que torna imprescindível que os profissionais da ESF divulguem e estimulem essas atividades grupais para incentivar a participação de todas as gestantes (LIMA et al, 2021).…”

“…Fatores como o desejo e a aceitação da gravidez, a preocupação com o desenvolvimento do bebê, as mudanças físicas inerentes à gestação, experiências passadas de aborto ou morte fetal, alterações na relação com o parceiro, as mudanças na rotina doméstica e profissional, bem como a necessidade de reorganização para lidar com os cuidados pré-natais e o parto, podem provocar uma variedade de sentimentos e reações na mulher. Ao considerar esses aspectos, a equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) deve acolher não apenas a gestante, mas também seu companheiro e a família, oferecendo o apoio necessário para esclarecer dúvidas, reorganizar a rotina de vida e planejar o pré-natal, o parto, o puerpério e os cuidados com o recém-nascido (ARRUDA;SOUSA, 2022;CHINI et al, 2023;LIVRAMENTO et al, 2019;LIMA et al, 2021).…”