A produção de suínos em menor escala, como a familiar, normalmente utiliza animais de raças naturalizadas, que apesar do menor desempenho produtivo, são mais rústicas, se adaptam a diversos sistemas de produção e apresentarem característica na carne desejável para produção de produtos destinados a nichos de mercado. O objetivo do presente estudo foi avaliar se o desempenho reprodutivo de fêmeas suínas da raça Moura é influenciado pela genética do macho utilizado nos acasalamentos. Os dados utilizados foram extraídos das fichas de controle zootécnico do setor de suinocultura da Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unesp - Campus de Ilha Solteira – SP, entre setembro de 2016 a setembro de 2018. Para a avaliação foram validados dados de 34 partos de acasalamento de fêmeas Moura com machos Moura (12 partos), machos ½ Moura (12 partos) e machos sintéticos MS115 (10 partos). Em cada parto foram considerados os números de leitões nascidos e de leitões nascidos vivos, taxa de natimortos, peso ao nascimento e ao desmame e taxa de mortalidade e ganho diário de peso do nascimento ao desmame. A genética do macho não interferiu (P > 0,05) em nenhum parâmetro avaliado. Portanto, a utilização de fêmeas da raça Moura acasaladas com machos também Moura, machos sintéticos MS115 ou machos ½ Moura não determinou diferenças no tamanho, sobrevivência e desempenho da leitegada até o desmame. Em média o número de nascidos vivos, taxa de mortalidade do nascimento ao desmame e ganho de peso diário foram respectivamente, 8,82; 12,12% e 0,210 g/dia.