RESUMOObjetivo: avaliar o protocolo proposto de reabilitação neuromuscular orofacial para paralisia facial periférica. Métodos: observação clínica de 20 pacientes com paralisia grau IV, encaminhados para reabilitação orofacial no Ambulatório de Paralisia Facial do Hospital de Clínicas da Unicamp: estudo longitudinal prospectivo. A constatação da evolução funcional ou não, na reabilitação, baseou-se na melhora do tônus muscular, cuja variação foi aferida mediante modificação no ângulo da comissura labial. O estudo se fez sob imagens da documentação fotográfica pré (após quinze dias de instalação da paralisia facial) e pós-tratamento de um ano. Para comprovação da eficácia da reabilitação, mediuse o ângulo da comissura labial pré e pós-reabilitação. O grupo estudado foi comparado a um grupo controle composto de nove sujeitos com paralisia facial grau IV, não submetidos à reabilitação orofacial. Os dados foram analisados estatisticamente pelo teste emparelhado das amostras (T-Student). Resultados: a média de redução do ângulo da comissura labial, com o tratamento, foi de 7,9 0 , estatisticamente significantes (p<0.001). Para o grupo controle a média das medidas angulares foi de 100.9 0 + 1.9. Esse valor não diferencia dos medidos inicialmente no grupo estudado (p=0,723). Foram significantemente mais altos quando comparados à média dos valores angulares finais do grupo estudado com pacientes tratados (p=0.001). Conclusão: o protocolo de reabilitação empregado nesta amostra promoveu incremento marcante do tônus muscular, com melhora no repouso facial. Conflito de interesses: inexistente alterações na secreção salivar e na secreção lacrimal, assim como nas sensibilidades facial e auditiva [1][2][3] . Dentre as causas encontram-se a idiopá-tica, traumática, tumoral, infecciosa ou decorrente de outras causas [4][5][6][7][8][9] . A PFP gera prejuízo funcional nas funções orais como fala, mastigação, sucção, deglutição e preensão labial 10,11 . O grau do comprometimento motor na PFP determinará o curso da reabilitação. Esse comprometimento é graduado conforme a escala House & Brackmann 12 (HB) mais frequentemente.
DESCRITORES:A base estrutural do protocolo proposto neste estudo consta do uso de manipulações manuais na musculatura da face, sempre seguindo o sentido do desenho das fibras musculares, utilização de forças corporais através do impulso distal 13 e uso da estimulação das zonas e pontos motores da face [14][15][16][17] , associando ao uso dos exercícios miofuncionais e das funções orais e/ou estomatognáticas como facilitadoras do processo de recuperação 18,19 . As orientações iniciais de cuidados específicos em relação
INTRODUÇÃOA Paralisia Facial Periférica (PFP) caracteriza-se pela interrupção, temporária ou não, dos movimentos da musculatura facial. Pode acompanhar-se de