Este artigo propõe apresentar as Tertúlias Geográficas e o Curso de Inverno como aspectos formativos para o professor de Geografia através do periódico Boletim Geográfico, intencionando uma melhor atuação no ensino secundário, durante a década de 1940. O início do recorte temporal marca o período ditatorial imposto por Getúlio Vargas, assinalado por efervescências políticas e sociais. Nesse contexto, a educação se caracterizou como ponto basilar, mais precisamente o ensino de Geografia, que ficou a cargo de renovar a mentalidade da sociedade, focalizando no conhecimento nacional e o estímulo incansável do sentimento patriótico. Para alcançar estes objetivos, a Geografia moderna teria que ocupar o espaço da Geografia tradicional, dando ênfase às novas maneiras de realizar o processo de ensino e aprendizagem, essencialmente no ensino secundário, nível escolar escolhido para trabalhar os ideais do aparelho administrativo governamental em padrões abalizados. Dessa forma, estratégias foram sinalizadas para enriquecer a formação do professor de Geografia, a exemplo do Boletim Geográfico, periódico criado através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para espacializar diversos aspectos geográficos, além de leis, diretrizes e prescrições metodológicas para o ensino secundário. A partir das publicações do periódico supracitado, obtivemos informações importantes acerca das orientações modernas para a aplicação do ensino de Geografia no nível escolar secundário através das temáticas difundidas no Curso de Inverno e as discussões e debates das Tertúlias Geográficas, originados para promover uma formação de maior qualificação para os graduandos, fornecendo suporte metodológico, a fim de modernizar o ensino de Geografia.