O artigo apresenta um capítulo decisivo na história política da educação brasileira do século vinte: a tramitação da primeira Lei de Diretrizes e Bases (LDB) no Congresso Nacional. Contemplando dez anos de debates parlamentares, localizados entre a apresentação do Anteprojeto da Comissão Mariani (1948) e o primeiro substitutivo do deputado Carlos Lacerda (1958), o texto discute as mudanças no jogo político que levaram a legislação citada a passar da completa paralisia institucional à situação de maior vivacidade, na legislatura de 1959 a 1963, quando foi finalmente aprovada.
Review, published in São Paulo, between 1955 and 1964. Problematising the issue of intellectual who would be supporting the project developed by Caio Prado Junior and Elias Chaves Neto, the crossing of biographies shows that certain forms of political, cultural and professional socialization allow not frame it as an expert, but as a public intellectual, engaged in the extensive debate on the Brazilian modernization of the mid-twentieth century.
Without losing sight of the links of Congressman Carlos Lacerda with the pecuniary interests of the private schools during the course of the Guidelines and Bases Act (LDB) in the parliament (1958-1959), the article highlights the connections between the semantics of the substitutives presented by this UDN (National Democratic Union Party) politician with the catholic political culture of that historical period, showing that the thesis of the interest disguises some dynamics that must be observed in the studies on the political history of education.
Resumo: O artigo trata das representações do intelectual no manifesto Mais uma vez convocados, publicado no contexto de tramitação da primeira Lei de Diretrizes e Bases (LDB) no Congresso Nacional. Na leitura do documento, divulgado em julho de 1959, foram destacadas as representações do "compromisso com a verdade" e do "dever de exposição pública" dos intelectuais da educação. Em sequência, foram discutidas as afinidades do manifesto com a opinião do jornal O Estado de S. Paulo, típicas de um tempo em que os liberais ainda acreditavam em reformas dentro da legalidade.
Resumo Este artigo coloca um problema para a história política da educação: qual seria o indicativo da opção em fazer do ensino secundário o ramo mais atrativo do ensino médio, em um tempo de mudança acelerada para um protótipo de uma sociedade de massas, organizada em torno de um incipiente mercado de trabalho livre, alavancado pelo crescimento da produção industrial e do modo de vida urbano? Apesar dos resultados controversos dessa opção, incapaz de romper com o modelo educacional elitista, um trabalho de construção social da memória fez com que a reforma organizada pelo ministro Gustavo Capanema em 1942 fosse reconhecida como sinônimo da educação de qualidade. Neste sentido, entender as relações do Estado modernizador com os setores mais conservadores da sociedade, fortemente representados pelas instituições educacionais privadas, reprodutoras dos processos escolares de seletividade social, pode ser um caminho frutífero de pesquisa.
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