2007
DOI: 10.4000/medievalista.872
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Hagiografia em Portugal: balanço e perspectivas

Abstract: No final do século XX, vários estudiosos europeus de hagiografia reuniram no número 6 da revista Hagiographica sínteses do que havia sido o trabalho nesta área, nos anteriores trinta anos, em países como a Espanha, França, Inglaterra, Itália e Bélgica 1 , dando conta de um notável desenvolvimento sentido num campo de estudos que remonta ao século XVII. Em Portugal, a primeira visão de conjunto de que dispomos deve-se a Maria de Lurdes Rosa e foi publicada em 2000 2 , registando a evolução da atenção dada às na… Show more

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“…XVI se exprimia por oposição a Castela, é curioso que os santos a serem eliminados da Flos sanctorum de 1513 fossem precisamente os espanhóis (SOBRAL, 2001(SOBRAL, -2002. Além da Flos, outros dois legendários em português circularam entre leitores: os Autos dos Apóstolos e o Livro dos Mártires de 1513, herdeiros todos eles das crônicas martiriais da Idade Média, como o martirológio de Usuardo de Saint-Germain, a História eclesiástica de Eusébio de Cesareia, ou, por fim, os sermonários, breviários e outras obras medievais em prosa, como o Orto do esposo (SOBRAL, 2007). Sobre os traços distintos desse corpus literário disponível em Portugal, Cristina Sobral chama a atenção para os seus aspectos a) extratextuais, como "a intencionalidade (promover a imitação, catequizar, edificar) e a funcionalidade do texto hagiográfico (promover ou apoiar o culto)"; e b) textuais, como "o discurso panegírico com enumeração de virtudes, o maravilhoso, a intertextualidade bíblica e litúrgica e a atemporalidade da narrativa" (SOBRAL, 1995, p. 98).…”
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“…XVI se exprimia por oposição a Castela, é curioso que os santos a serem eliminados da Flos sanctorum de 1513 fossem precisamente os espanhóis (SOBRAL, 2001(SOBRAL, -2002. Além da Flos, outros dois legendários em português circularam entre leitores: os Autos dos Apóstolos e o Livro dos Mártires de 1513, herdeiros todos eles das crônicas martiriais da Idade Média, como o martirológio de Usuardo de Saint-Germain, a História eclesiástica de Eusébio de Cesareia, ou, por fim, os sermonários, breviários e outras obras medievais em prosa, como o Orto do esposo (SOBRAL, 2007). Sobre os traços distintos desse corpus literário disponível em Portugal, Cristina Sobral chama a atenção para os seus aspectos a) extratextuais, como "a intencionalidade (promover a imitação, catequizar, edificar) e a funcionalidade do texto hagiográfico (promover ou apoiar o culto)"; e b) textuais, como "o discurso panegírico com enumeração de virtudes, o maravilhoso, a intertextualidade bíblica e litúrgica e a atemporalidade da narrativa" (SOBRAL, 1995, p. 98).…”
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