Objetivo: analisar, com a Teoria da Agência sob perspectiva, o relatório dos auditores independentes das cooperativas de crédito do sul do Brasil, no que concerne ao tipo de relatório, principais assuntos de auditoria, parágrafo de ênfase, audit delay e porte da firma de auditoria.Método: pesquisa quantitativa e qualitativa com coleta de dados realizada nos relatórios dos auditores independentes e nas demonstrações contábeis de 240 cooperativas de crédito no ano de 2019. Quanto a análise dos dados, empregou-se estatística descritiva e análise de conteúdo.Originalidade/Relevância: o estudo trata da importância da disponibilidade de informações contábeis e de relatórios de auditoria transparentes para a tomada de decisão das partes interessadas das cooperativas de crédito, principalmente dos cooperados, que tem seu capital aplicado sob os cuidados de terceiros.Resultados: a maior parte dos relatórios dos auditores independentes apresentaram opinião não modificada e os relatórios com opinião modificada foram emitidos pelas firmas não Big Four. Verificou-se que as cooperativas maiores (menores) contrataram, em maior proporção, os serviços das firmas Big Four (não Big Four). Constatou-se que nenhuma cooperativa de crédito analisada apresentou o parágrafo dos principais assuntos de auditoria no relatório dos auditores independentes, apesar de não ser obrigatório no período de análise. Quanto aos parágrafos de ênfase, o gerenciamento de riscos foi o principal tema tratado. Em média, o relatório dos auditores independentes apresentou um audit delay de 59 dias.Contribuições teóricas/metodológicas/práticas: o estudo visa contribuir com as pesquisas acerca da relação entre principal e agente no contexto das cooperativas de crédito. Quanto aos aspectos práticos e empíricos, o estudo possibilita o entendimento dos principais elementos e assuntos de auditoria considerados, no julgamento dos auditores, como os mais representativos ao revisar as demonstrações contábeis das cooperativas de crédito.