Objetivos: Comparar o desfecho dos modos ventilatórios VCV, PCV e PRVC em relação a mecânica ventilatória, o tempo de ventilação mecânica, tempo de internação em UTI e sobrevida em pacientes neurológicos. Métodos: Estudo de coorte randomizado comparando três modalidades ventilatórias VCV, PCV e PRVC em pacientes neurológicos com diagnóstico de AVC isquêmico ou hemorrágico e TCE, ventilados mecanicamente e internados em UTI. O ventilador mecânico era ajustado conforme modo sorteado e com parâmetros ventilatórios ajustados para manter volume corrente de 6 a 8 ml/Kg e parâmetros gasométricos dentro da normalidade. Foram coletados dados demográficos, parâmetros hemodinâmicos, gasométricos e ventilatórios e as escalas APACHE II, RASS e Glasgow. Ao final do protocolo foram registrados os dados de mortalidade/sobrevida, tempo de internação em UTI e alta da unidade. Resultados: O grupo PVC apresentou maior tempo de permanência em ventilação assisto controlada em relação aos grupos VCV e PRVC (p=0,04). Além disso, o grupo PCV apresentou maior tempo de ventilação mecânica (p=0,002), maior tempo de internação em UTI (p=0,01). Ainda, não houve diferença entre os grupos quanto a sobrevida, o grupo VCV e PRVC apresentou uma tendência a sobrevida quando comparado ao PCV (p=0,4). Por fim, não houve diferença entre os grupos em relação às características clínicas, mecânica ventilatória e gasométricas. Conclusão: Pacientes neurológicos devem ser ventilados mecanicamente preferencialmente em modo VCV e PRVC, pois estes modos apresentam vantagens sobre o modo PCV em pacientes neurológicos.