A pesquisa visa determinar o perfil bioquímico e sorológico das hepatites B e C em internos de um centro de recuperação, Ananindeua, Pará, Brasil. Métodos: Estudo transversal, descritivo e quantitativo, desenvolvido entre 2015 e 2018. Os dados foram coletados com o uso de Ficha de Inquérito e entrevista. Os participantes foram submetidos à coleta de sangue para realização de testes sorológicos para as hepatites virais B e C e bioquímicos. Resultados: Participaram 125 internos, com frequência de 97,6% para o sexo masculino, prevalecendo a faixa etária de 31 a 40 anos (38,4%). Os marcadores bioquímicos que mais sofreram alterações: ácido úrico, alanina aminotransferase e lipoproteína de alta densidade. O HBsAg não foi detectado, porém houve detecção de anti-HBc total reagente isolado em 1,6% dos indivíduos. Em 20,8% pode-se observar resposta vacinal contra o vírus da hepatite B. A pesquisa detectou prevalência de 3,2% de anti-VHC reagente. Conclusão: É baixa prevalência da infecção pelos vírus das hepatites B e C, apesar dessa população ser considerada de elevado risco para a transmissão desses vírus, os examinados na sua maioria referiu utilizar apenas drogas inaláveis. A baixa cobertura vacinal encontrada entre os examinados demonstrou a vulnerabilidade em adquirir a hepatite B e a importância de estudos entre usuários de drogas no Pará.