RESUMO: A presente pesquisa foi realizada a partir da articulação entre a Educação Inclusiva e o Ensino de Ciências em espaços não formais, buscando contribuir para que se ampliem as discussões no tocante à inclusão da pessoa com deficiência nos museus de Ciências incorporando ações de acessibilidade. Tendo como objetivo identificar e analisar as dimensões da Educação Inclusiva presentes/ausentes nos museus de Ciências brasileiros, foram investigadas as concepções dos coordenadores dos museus de Ciências e dos elaboradores do “Guia de Museus e Centros de Ciências Acessíveis” por meio de uma entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados segundo a perspectiva da Análise de Conteúdo, segundo categorias definidas à priori. Observou-se que na dimensão Física há predominância dos aspectos pertinentes ao acesso à instituição. Na dimensão Programática foram identificadas ações que buscam diminuir as barreiras provenientes da falta de formação dos monitores, o que implica diretamente na mediação. Na dimensão Comunicacional foi possível identificar a criação de materiais táteis e manipuláveis. Na observação da dimensão Atitudinal, foi possível notar que as instituições têm desenvolvido práticas de sensibilização e de conscientização. Entretanto, os resultados mostram que algumas medidas ainda estão disponíveis com restrições, ou mesmo, indisponíveis. A implementação dessas mudanças deve ocorrer a curto, médio e longo prazo, visto que não é possível sanar definitivamente, todas as necessidades dos espaços e de seus visitantes. Ressaltamos a necessidade de que pesquisas futuras se dediquem a entender se a inclusão é realmente efetiva no espaço museal e como a pessoa com deficiência participa desse processo.