Objetivo: objetivou-se avaliar a experiência de cárie e seus fatores determinantes e moduladores em pré-escolares de um centro de educação infantil localizado no estado do Ceará. Método: trata-se de um estudo exploratório, descritivo e de abordagem quantitativa realizado com crianças do infantil IV e V do Centro de Educação Infantil Francisca Arruda de Pontes (Redenção, CE) e suas mães. Após consentimento, as mães responderam um questionário contendo perguntas desde os aspectos socioeconômicos e acompanhamento pelo serviço de saúde a conhecimento das doenças bucais. Posteriormente, as crianças foram submetidas à avaliação odontológica para registro do índice CEO-D, o qual corresponde à soma do número de dentes decíduos cariados (c), com extração indicada (e) e restaurados (o). Os dados foram tabulados e descritos como frequência relativa e absoluta. Resultados: das mães, 80,75% tinham renda de até 1 salário mínimo, 61,53% utilizavam creme dental na higiene oral de seu filho e 48,07% desconheciam as doenças bucais. Das crianças, 65,38% não eram atendidas pelo cirurgião-dentista e 50,00% consumiam diariamente bolacha doce. Das crianças avaliadas, 52,50% tinham dentes cariados, 70,00% não apresentavam dentes com extração indicada e nenhuma tinha dentes obturados/restaurados. A média do índice CEO-D foi 1,325. Conclusão: conclui-se que as crianças, apesar de terem baixa prevalência de cárie, apresentam, como fatores de risco determinantes, uma dieta cariogênica e, como fatores de risco moduladores, um reduzido conhecimento sobre doenças bucais, higiene oral inadequada, renda familiar insuficiente, baixa escolaridade e limitada procura por serviço de saúde, especialmente o odontológico.