RESUMO Somos constantemente afetados por diferentes discursos que incitam o preconceito e a violência, presentes, muitas vezes, nas pequenas nuances do cotidiano, mas que também podem emergir explícitos, diretos e escancarados. O presente artigo toma duas pichações – uma de teor racista e outra de teor homofóbico –, feitas nos muros de uma escola pública de uma cidade do interior de Minas Gerais, como ponto de partida para problematizarmos, orientados pelas perspectivas foucaultianas e butlerianas, as imagens formadas nesses muros como potência de jogos de saber-poder e de transformação dos discursos e dos sujeitos.