OBJETIVO: Avaliar a influência do número de séries nas alterações cardiovasculares e na variabilidade da frequência cardíaca (VFC) pós exercício resistido (ER) em homens fisicamente ativos. MÉTODOS: A amostra foi composta por 13 homens (27,38 ± 1,59 anos), normotensos, praticantes de musculação, submetidos a duas rotinas de musculação. A rotina 1 (R1) foi composta por duas séries de 10RM com intervalo de um minuto entre as séries e dois minutos entre os exercícios, e a rotina 2 (R2) foi similar a R1, no entanto, com três séries para cada exercício. A pressão arterial (PA), o intervalo de pulso (IP) e a VFC foram medidos em repouso e no período de recuperação (60 minutos) do ER. RESULTADOS: O ER induziu redução da PA sistólica pós-R1 (pré: 119,4 ± 1,70 versus pós: 110,8 ± 1,80 mmHg) e R2 (pré: 121,6 ± 2,20 versus pós: 110,3 ± 1,11 mmHg). Entretanto, a PA diastólica (pré: 71,2 ± 1,80 versus pós: 64,3 ± 2,40 mmHg) e a PA média (pré: 88,0 ± 1,60 versus pós: 80,7 ± 1,60 mmHg) reduziram somente após a R2, observando-se frequência cardíaca (FC) aumentada neste momento. A R2 promoveu redução da variância do IP na recuperação quando comparada à R1. Somente a R2 induziu aumento da banda de baixa frequência e redução da banda de alta frequência do IP em relação ao repouso. CONCLUSÃO: A redução da PA foi associada ao maior número de séries, mas não com redução da FC e/ou da modulação simpática cardíaca em praticantes de musculação.