Hipotermia terapêutica em neonatos: revisão narrativa

Abstract

Objetivo: Sintetizar evidências científicas acerca da hipotermia terapêutica em recém-nascidos. Revisão bibliográfica: O processo de resfriamento deve acontecer de forma organizada, conforme orientam os protocolos, assim com o reaquecimento, no qual deve ocorrer lentamente. Deve ficar atento para os efeitos colaterais desse tratamento e as indicações para interromper. Dentre os benefícios, a terapia evita o processo de lesão cerebral ocasionado pela anóxia e como consequência há a diminuição de sequelas neurológicas, e problemas futuros no neurodesenvolvimento da criança. Apesar disso, a utilização da hipotermia terapêutica ainda é limitada, devido ao desconhecimento da mesma pelas instituições de saúde. Ressalta ainda que mesmo implementado de maneira adequada, os RN, podem apresentam sequelas no neurodesenvolvimento a curto e longo prazo, devendo ser acompanhando por equipe especializada. Considerações finais: A implementação do protocolo de hipotermia terapêutica, quando na “janela de oportunidade”, mostra-se eficaz na redução da morbimortalidade nos neonatos anoxiados. Este estudo visa contribuir com o conhecimento da HT em neonatos para equipes de saúde que assistem diretamente esse público, visto que encorajar e qualificar esses profissionais a oferecer opções de tratamentos, é proporcionar às famílias novas possibilidades de uma terapêutica comprovadamente eficaz.

Perfil dos neonatos submetidos à hipotermia terapêutica em uma maternidade privada de Aracaju- Sergipe

“…Embora a terapia com hipotermia seja geralmente bem tolerada, efeitos adversos de curto prazo são comuns, como complicações cardiovasculares e respiratórias, desequilíbrio eletrolítica, coagulopatia, sepse e alteração da farmacocinética e farmacodinâmica de medicamentos como sedativos e analgésicos (Sakr & Balansundaram, 2023). Dessa forma, os profissionais que assistem bebês com EHI que recebem HT devem antecipar e monitorar de perto possíveis complicações (Sousa et al, 2022).…”

Use of therapeutic hypothermia in neonates with hypoxic ischemic encephalopathy: a literature review

“…Together with laboratory tests, they provide the necessary evidence to prove the diagnostic hypothesis, which is essential for starting treatment (16). Monitoring during therapy is also recommended via the use of a rectal thermometer, due to the risk of seizures in 50% and intracranial hemorrhage in 38% of cases (3,11,15,16,17).…”

“…Then, the Hypothermia stage itself occurs in the 6th hour of life, providing a slight cooling of the patient's body within the change range of 0.5°C per hour until reaching 33.5°C, which is the temperature maintained for the next 72 hours. hours (3,11,15,16,17,20). This procedure can be applied using 2 modalities: localized hypothermia of the head and total body (3,13,14).…”

“…Head-focused hypothermia turns out to be a more limited option both in terms of temperature, which operates up to 34.5° C, and in territory restricted to the cerebral cortex (3,11,13,15,19). At first, it may seem disadvantageous, but there is currently a debate about the implementation of this modality in newborns that do not fit the selection criteria consistent with gestational age (GA) greater than 35 weeks, to avoid systemic effects, which are harmful to the these premature neonates (3,11,15,17,19).…”

“…On the other hand, total body hypothermia allows an extension of the temperature up to 33.5° C, being able to encompass also the white matter regions along with the rest of the fetal organism (3,11,13,15,18,19,20 ). Furthermore, this modality allows access for monitoring with the electroencephalogram, which is why it is more used in NICUs than hypothermia focused on the head (16,17,19).…”