O objetivo deste artigo é analisar as leituras e abordagens acerca do “meio tropical” em relação com as ideias de raça e nação, presentes na obra Casa Grande & Senzala (1933), de Gilberto Freyre. Por toda sua trajetória, e em grande parte de seus livros, Freyre abordou e operacionalizou a ideia de meio tropical ao buscar compreender tanto sua influência nas organizações societais quanto os processos de apropriação, integração e usos do meio tropical. Essa tentativa de compreender a natureza e o clima tropical e seus efeitos na formação social brasileira, fez com que o autor produzisse análises e discursos geográficos. Nesse sentido, a abordagem sobre o meio tropical se estabelece como condutor conceitual de outras categorias e discussões, como raça e nação.