Este trabalho traz à discussão algumas das experiências vivenciadas na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado quando um grupo de estagiários/as ministrou aulas cujo eixo temático foi a História Indígena. O conjunto de fontes a ser analisado é composto por projetos de ensino e pesquisa, planos de aula, relatórios e artigos escritos pelos grupos. As aulas foram ministradas para duas turmas do 6º ano do Colégio de Aplicação da UFSC em 2019. A questão central da presente investigação foi suscitada a partir da percepção do grande interesse do grupo de estagiários/as frente ao tema e ao compromisso do grupo com o desenvolvimento dessa temática para o aprendizado histórico das turmas. Assim, algumas perguntas movimentam a escrita deste texto: que escolhas foram feitas no momento de preparação dessas aulas? Que materiais foram selecionados? E por fim: o que se pode dizer sobre a tarefa de ensinar História Indígena para estudantes da Educação Básica? O ensino de História Indígena na Educação Básica tem sido uma obrigatoriedade desde o estabelecimento da Lei 11.645/08, e também é obrigatória a sua presença em livros didáticos. No entanto, entre a obrigatoriedade da lei e a vivência nas salas de aula, temos um percurso de muitos desafios e enfrentamentos. O presente estudo, portanto, traz como objetivo perceber as tensões presentes na realização dos planos e das aulas desse grupo de estagiários/as. Além disso, tem o interesse de apontar as potencialidades desse movimento na formação de professores comprometidos com temáticas relativas à diversidade e com foco em currículos mais plurais.
Palavras-chave: ensino de história; formação docente; estágio curricular; Lei 11.645/08.