gosto de boi-bumbá porque gosto de churrasco na esquina; gosto de água benta porque gosto de cerveja; gosto de macumba porque gosto do Barroco, escrevo porque amo música e faço música porque escrevo. Eu gosto de repertórios ampliados, saberes da trívia, saberes residuais, simpatizo com o diabo, rezo para os deuses e sou ateu, faço ebós por razões cartesianas, e não de fé. não sou rotulável. Sou basicamente um sujeito assombrado pela procissão do senhor morto em uma sexta-feira da paixão nas montanhas de Minas que, enquanto escuta contrito e deslumbrado um canto em latim, imagina a mangueira desfilando com Sinhá Olímpia e tem a fé inabalável de que o carro quebrado da Verde e Rosa vai sair andando sozinho e a escola vai desfilar no tempo da cronometragem. Meu pensamento não é de-colonial porque não quero ser colonizado pela de-colonialidade; não é colonial porque já conversei com diversas pessoas que morreram e continuam dançando. Eu vi o curupira dançar pelo corpo de Maria dos Anjos e penso a partir disso. Eu já me defini como estudioso dos sambas, dos carnavais, das ruas, das festas. No fundo, sou um estudioso das insistências. Eu escrevo sobre o combate miúdo e constante da vida contra a morte, profundamente interessado nas vivacidades que vivem na morte e nas mortandades que acometem a vida. o que está vivo, mesmo que morto, me interessa. amanhã virá a Aleluia!" (LUIZ ANTONIO SIMASprofessor de História UFRJ).
AGRADECIMENTOSGostaria de agradecer a Deus, a Nossa Senhora do Carmo, a Santa Rita de Cássia e como uma boa brasileira eclética, também saúdo Iansã, Iemanjá e Nanã. Foram tantas experiências e momentos durante esses cinco anos de escrita da tese, momentos de alegria, de aprendizado, superações de doenças, por isso, agradeço essas entidades.Agradeço aos meus pais: Odair e Nina, que me deram a vida e sempre me apoiaram nos estudos, enfim, em tudo, me ajudando e me incentivando.Sou grata ao meu marido Andreiwid Corrêa, meu companheiro amado, que me ensina a cada dia a importância da família, do amor maduro e de nossa história que ficou mais completa com nosso filho, Felipe Antônio. Agradeço a eles também, pois, muitas vezes, deixei de lhes dar atenção para estudar e escrever a tese. Agradeço a minha sogra, irmão, cunhadas, cunhado e meus sobrinhos amados: Artur, Maria Luísa e Laís, pessoas amadas que me fazem entender cada vez mais a importância da família.Agradeço aos amigos e aos professores da Unicamp e do Programa da Gerontologia: a Vanessa e Emmanuel; assim como ao professor Dr. Paulo Tiné da Música e à professora Drª Paula Caruso Teixeira, da Dança, ambos do Instituto de Artes (IA) da Unicamp, que me marcaram em artes, quando passei a valorizar a importância delas ainda mais.Agradeço à professora Dra. Olga Von Simson, minha orientadora. Juntas percorremos um percurso de encontros, sugestões de leituras, recomendações de práticas.Juntas vencemos os desafios que a pandemia da Covid-19 nos colocou: isolamento social, adaptação ao online, superações... Havia, entre nós, sintonia e paixão em comum em relaçã...