2018
DOI: 10.18315/argumentum.v10i3.21483
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“Holocausto ou Navio Negreiro?”: inquietações para a Reforma Psiquiátrica brasileira / Holocaust or “The Ship Negreiro?": concerns for the Brazilian Psychiatric Reform

Abstract: Diante desses relatos fica as seguintes questões:  afinal, qual a relação dos fatos aqui apresentados com a Reforma Psiquiátrica brasileira e os ataques que a mesma vem sofrendo? O que essas histórias de vida podem contribuir para uma melhor análise da saúde mental em tempos de retrocesso? Tais perguntas vão nos guiar para que possamos dialogar com as questões que atravessam as vidas aqui narradas, em especial, no que diz respeito às desigualdades de classe e as opressões de gênero e raça.

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“…Esses paradigmas também me habitam e, optar por construir uma tese, faz-se ato de resistir, produzindo investigações capazes de compreender essa prática de cuidado a partir do campo de desenvolvimento das subjetividades, essas, irredutíveis a fórmulas universais, mas atravessadas por uma cultura, um tempo histórico. De acordo com Passos 29 , o movimento de reforma psiquiátrica também não escapa aos atravessamentos imputados pelo racismo estrutural e pelo colonialismo que sustentam a formação social brasileira. A autora nos alerta que esses movimentos, responsáveis em grande parte pelos avanços no campo técnico, ético e político na atenção psicossocial, ainda olham pouco para os saberes dos povos negros, indígenas, periféricos e ressaltam concepções eurocêntricas sobre as tecnologias de cuidado em saúde mental (especialmente os modelos italianos e franceses).…”
Section: Resultados/discussãounclassified
“…Esses paradigmas também me habitam e, optar por construir uma tese, faz-se ato de resistir, produzindo investigações capazes de compreender essa prática de cuidado a partir do campo de desenvolvimento das subjetividades, essas, irredutíveis a fórmulas universais, mas atravessadas por uma cultura, um tempo histórico. De acordo com Passos 29 , o movimento de reforma psiquiátrica também não escapa aos atravessamentos imputados pelo racismo estrutural e pelo colonialismo que sustentam a formação social brasileira. A autora nos alerta que esses movimentos, responsáveis em grande parte pelos avanços no campo técnico, ético e político na atenção psicossocial, ainda olham pouco para os saberes dos povos negros, indígenas, periféricos e ressaltam concepções eurocêntricas sobre as tecnologias de cuidado em saúde mental (especialmente os modelos italianos e franceses).…”
Section: Resultados/discussãounclassified
“…(Narrativa Helinho,p. 32) De acordo com Passos (2018), "problematizar o manicômio e suas expressões abordando as relações de raça, gênero e classe é ultrapassar os próprios muros que compõem a formação social brasileira" (p. 14), inclusive incidindo em um debate infelizmente esquecido e marginalizado no processo da Reforma Psiquiátrica Brasileira. Assim, é urgente levantar a crítica para todas essas questões e sobre como elas incidem na materialização de uma realidade que ainda persiste sendo manicomial em sua resposta e que também é direcionada às subjetividades, cada vez mais manicomiais, opressoras e exploradoras.…”
Section: Caps IIIunclassified
“…Nessa perspectiva, torna-se necessário oferecer e desenvolver atividades de capacitação e de atividades permanentes de discussão de casos com as equipes com o objetivo de socializar ações de cuidado que considerem as múltiplas dimensões das condições de saúde e de superar a lógica medicalizante envolvida nas condutas dos casos 15 . As discussões em equipe podem auxiliar que os profissionais conheçam a história, compreendam os múltiplos fatores envolvidos, acolham os sentimentos e os significados que possam surgir ao longo do processo de cuidado e promover uma maior resolutividade e concretização do cuidado integrado.…”
Section: Terceira Etapa: Teorizaçãounclassified