Holofotes acesos durante a pandemia da covid-19

Abstract

Objetivo: abordar de forma crítica e reflexiva os paradoxos relacionados às condições de trabalho da Enfermagem, de (des) valorização da profissão diante da pandemia da Covid-19 e da necessidade de se pensar em promoção de ambientes de trabalho saudáveis. A doença Covid-19 é uma pandemia que está influenciando os hábitos de vida e o trabalho contemporâneo. Os profissionais da Enfermagem são o maior número de trabalhadores atuantes na linha de frente no combate a essa doença. A rotina desses profissionais já era exaustiva, mas em tempos de pandemia a carga de trabalho torna-se maior e os turnos mais estressantes, devido a vários fatores como: medo de contaminação, informações deficientes, escassez de recursos humanos e materiais. Assim, torna-se urgente promover ambientes saudáveis, conforme recomenda a Organização Mundial de Saúde, visando a segurança, saúde e bem-estar dos trabalhadores. Método: estudo reflexivo realizado a partir da literatura científica e da análise crítica das autoras, abordando condições de trabalho e valorização da Enfermagem, indicando os paradoxos relacionados ao processo de trabalho. Resultados: essa reflexão abordou importantes desafios para a Enfermagem. Ao mesmo tempo em que os profissionais lutam em defesa da vida, combatendo a Covid-19 pautados em conhecimentos científicos, atitudes humanizadas e nos preceitos éticos, a profissão ainda é desvalorizada e vivencia condições de trabalho precárias. Conclusão: a expectativa é de os holofotes permanecerem acesos para a Enfermagem, mesmo após a pandemia, "iluminando" melhores condições de trabalho e reconhecimento profissional, além de ambientes laborais saudáveis com medidas concretas para o presente e o futuro.

Impact of the COVID-19 Pandemic on Patient- and Family-Centered Care and on the Mental Health of Health Care Workers, Patients, and Families

“…Studies have shown that parents are satisfied with the care provided in PICU settings, especially with regard to providers' attitudes ( 32 – 34 ). During the COVID-19 pandemic, we have found that many health care workers have also been affected psychologically due to increased workload, fear of contamination, and shortage of human and material resources, among other factors ( 35 ). The risk of contagion, absence from work when infected, and even witnessing the deaths of colleagues and patients have created additional stress for many health care providers ( 36 ).…”

“…The risk of contagion, absence from work when infected, and even witnessing the deaths of colleagues and patients have created additional stress for many health care providers ( 36 ). The idiosyncrasies of health care work compound the aforementioned issues and include being undervalued, poor working conditions, unsafe physical infrastructure, inadequate staffing, poor flow along care pathways, lack of cooperation for teamwork, and support from leaders, among others ( 35 ).…”

COVID-19 vaccination campaign: dialogues with nurses working in Primary Health Care

“…It is urgent that, beyond the necessary valorization, nursing finds greater political and social support to reconcile the exercise of permanent training, improving itself for clinical practice, aiming to provide ever-increasing resoluteness in health care (13) . In addition, to meet the demand of the National Vaccination Plan, partnerships were reinforced, imprinted by concepts and ideas of teaching and service integration, with cooperation and the structuring of task forces in teamwork during the pandemic period, never being so envisioned (14) .…”

Capacitação De Enfermeiros De Municípios De Pequeno Porte De Uma Regional Do Estado De Minas Gerais: Uma Visão Qualitativa

“…O impacto do trabalho na saúde dos profissionais de enfermagem nos últimos anos tem sido motivo de preocupação. Spagnol et al (2020) sinalizam a vulnerabilidade desses profissionais ao adoecimento por estarem expostos frequentemente a ritmos intensos de trabalho, jornadas prolongadas, trabalho em turnos, baixos salários, relações humanas complexas, falta de materiais e de recursos humanos, além de vivências de dor, sofrimento e morte constantes. Somado a isso, sofrem cobranças constantes, realizam tarefas complexas que exigem qualificação profissional, muitas vezes não ofertadas ao profissional.…”