A partir da década de 1970, o sistema capitalista passou por uma profunda crise, que afetou todos os setores da economia, por isso foi denominada por Mészáros, (2011) de crise estrutural. Para superar a crise, o capital internacional, sob a influência da teoria econômica neoliberal, buscou se expandir para os países periféricos na busca por mão de obra barata. Entretanto, para garantir sua reprodução, o capital internacional precisou adequar a classe trabalhadora desses países às suas necessidades. Disto isto, este artigo traz como objetivo geral refletir sobre o interesse dos organismos internacionais na educação dos países periféricos, com destaque para a formação dos professores no país. Trata-se de um estudo bibliográfico, e qualitativo, cuja epistemologia ancora-se no materialismo histórico dialético. Como resultados e discussões apontamos o fato de que o principal interesse dos organismos internacionais na educação refere-se a formação de mão de obra com a qualificação necessária para a extração da mais valia. E para isso, precisou atuar também na formação dos professores, com o objetivo de adequá-los às necessidades do capital.