A avaliação escolar é de fundamental importância para se diagnosticar situações visando encaminhamentos adequados a fim de promover um processo de ensino-aprendizagem que propicie ao aluno o desenvolvimento de habilidades necessárias à sua realização como sujeito crítico. Esse estudo tem por objetivo geral analisar as diversas formas de atuação do coordenador pedagógico no processo de avaliação da aprendizagem e por objetivos específicos: a) identificar os fatores que interferem de forma negativa no processo avaliativo no ambiente escolar; b) escrever como é a atuação do coordenador pedagógico no processo de avaliação educacional. Nesse estudo, a metodologia adotada foi a pesquisa qualitativa, observacional e bibliográfica. Para tanto, tomou-se, fundamentalmente, como referências as proposições teóricas dos seguintes autores: Luckesi (2011), Tyler (1975), Vianna (2000), entre outros. Os resultados e discussões trazem uma reflexão sobre os problemas que envolvem o processo avaliativo, principalmente a forma como ainda é utilizado nas escolas e como o coordenador tem relevância nesse processo, e como a sua atuação pode modificar esse quadro na instituição de ensino. Nas considerações finais, enfatizou-se a importância de uma participação mais ativa desse gestor no intuito de assegurar o ato pedagógico.

A produção material de riquezas através do trabalho permitiu o salto ontológico do gênero humano, permitindo a passagem de ser biológico para ser social. Foi a partir do trabalho teleologicamente orientado que o ser humano pôde se organizar em sociedade. Assim sendo, o trabalho é entendido como a atividade fundante das demais atividades humanas, sendo essencial para o desenvolvimento da sociedade. Porém, no sistema capitalista o trabalho deixou de ser essencial para o desenvolvimento do gênero humano, tornando-se essencial para o desenvolvimento do capital, no qual o trabalho possui valor de troca, e não de uso. Dito isto, este estudo tem o objetivo de reafirmar a visão Lukacsiana de trabalho como protoforma da atividade humana, do qual se originam as demais formas de sociabilidade. Trata-se de um estudo qualitativo de cunho bibliográfico, ancorado em autores como Karl Marx, Gyorgy Lukács e Sérgio Lessa, entre outros autores de base marxista. Como resultados e discussões, atentamos para o fato de que o trabalho é a protoforma para as demais atividades humanas, como a arte, a educação, a política etc. Embora estas atividades, devido às suas especificidades, mantenham uma relação de autonomia com o trabalho, também mantêm uma relação de dependência ontológica.

O trabalho é o ato fundante do mundo dos homens, ou seja, é a partir do trabalho que se constrói a riqueza material, fato que garante aos homens reproduzir a sua existência. Ao mesmo tempo, a complexificação do trabalho dá origem a outros complexos sociais, entre eles a educação, que visa repassar os conhecimentos acumulados pela sociedade para as gerações futuras. Porém, a partir do surgimento do Estado, a educação passa a carregar a ideologia da classe dominante. Portanto, no capitalismo, está carregada da ideologia burguesa. Assim sendo, este estudo tem como objetivo problematizar sobre as maneiras com o qual a ideologia burguesa permeia a educação da classe trabalhadora, com ênfase a reforma do ensino médio. Trata-se de um estudo ontológico, com base epistemológica no materialismo histórico dialético. Para a obtenção das variáveis analisadas recorreu-se à leitura de livros e artigos científicos, portanto, trata-se de um estudo bibliográfico. Como resultados e discussões, atentamos para o fato de que, para a burguesia, a educação da classe trabalhadora deve ocorrer somente à medida que forma a mão de obra necessária para a reprodução do capitalismo, e que o novo ensino médio atende exatamente esta ideologia.

O Estado capitalista foi moldado a partir de crises econômicas recorrentes, que resultou nas modificações das relações de trabalho e na estrutura do Estado. O Estado neoliberal é a forma mais avançada de Estado capitalista e se tornou hegemônico nas últimas décadas do século XX, a partir da necessidade de reestruturação do sistema, abalado pela crise de 1970. Essa reestruturação demandou uma nova forma de organização do Estado, do trabalho e da educação, que foram flexibilizados, atendendo às novas demandas do capital. Seguindo a linha do neoliberalismo, a educação aparece como mercadoria que deve ser submetida ao poder do mercado, de preferência ofertada por instituições privadas. É neste contexto, no Brasil, que emergem fortemente as ideias do homeschooling, apoiada na ascensão do neoconservadorismo. No atual contexto, este estudo se justifica a partir da necessidade de se debater a proposta de educação domiciliar que avança no senado, incorrendo no risco de pôr em risco a educação pública.  O objetivo geral é analisar a relação do Estado neoliberal com a educação, enfatizando o cenário brasileiro e o projeto de homeschooling que tramita no senado federal. É um estudo de caráter qualitativo, que usou como ferramenta de obtenção de dados pesquisas bibliográficas em livros, artigos de revista e jornais etc. O método de pesquisa ancora-se no materialismo histórico dialético. Nos resultados e discussões apontamos que foi possível compreender que o neoliberalismo entende a educação como parte do projeto de perpetuação da sociedade capitalista, por isso tem interesse em mantê-la sob controle, e se possível, privatizá-la, sendo o Homeschooling o provável passo inicial para o projeto de privatização.