Algumas mídias alternativas foram importantes instrumentos de resistência em um Brasil que estava em plena ditadura civil e militar (1964-1985). Vários grupos minoritários foram considerados subversivos e acusados de tentarem contra a moral e os bons costumes. Entre eles pode-se encontrar aqueles formados por gays, lésbicas, travestis e transexuais. Alguns grupos políticos compostos por populações excluídas foram criados para combater essas formas de opressão e para dar visibilidade a suas causas, como o GALF – Grupo de Ação Lésbico-Feminista e o grupo SOMOS. Esse período foi devastador para as questões de liberdades individuais, principalmente para a população e o movimento LGBT. A criação de mídias alternativas como o jornal Lampião da Esquina (1978-1981) e o boletim ChanacomChana (1981-1987), que apresentavam questões relacionadas ao cotidiano, às artes e a política, foi um passo importante na luta para o reconhecimento dessa população. O objetivo desse trabalho é fazer e analisar a revisão narrativa de literatura sobre os dois periódicos, para tanto realizamos a busca nos bancos de dados Scielo, BDTD e Periódicos Capes. Os descritores foram: Lampião da Esquina, Chana com Chana e Chanacomchana. Retornaram 20 teses e dissertações e 20 artigos baseados nesses descritores. Após quantificação e categorização dos resultados observa-se poucos os estudos sobre o boletim ChanacomChana, uma tese e um artigo. As pesquisas elencadas analisam os periódicos como processos de resistências, visibilidade/invisibilidade trans, gay e lésbica, identidades, corpo e literatura.