Este artigo, que tem como referência a teoria crítica, relata o resultado de uma pesquisa sobre atitudes em relação à educação inclusiva, realizada com doze professoras do 5º ano do ensino fundamental; dentre elas, seis tinham experiência de ter em sala de aula alunos com deficiência, e seis não tinham. A análise qualitativa dos dados decorrentes do levantamento realizado em seis escolas da rede municipal de Campo Grande (MS) demonstrou que, de modo geral, as professoras foram favoráveis à educação inclusiva. Contudo, ficou evidente a expressão de atitudes preconceituosas veladas ou explícitas no âmbito escolar. A formação para experiência com quem é "diferente" ainda encontra barreiras por conta do preconceito e da discriminação presentes nesta sociedade que tem como lógica uma "inclusão marginal". Em suas manifestações, apontaram dificuldades de trabalhar com alunos com deficiência intelectual severa; assinalaram que a responsabilidade de trabalhar sob a predominância da educação centrada no desempenho, com foco na inserção das pessoas no mercado de trabalho, gerava um "sentimento de impotência". Diante das contradições existentes, a educação inclusiva não deixa de evidenciar a presença das injustiças que ainda se apresentam no processo educativo. Apesar disso, foram indicados vários elementos favoráveis a essa forma de educação, que não é dissociada de movimentos sociais mais amplos.
O objetivo deste relato é apresentar a prática de Estágio Supervisionado em Psicologia Escolar da UFMS, desenvolvida em unidades de CEINFs (Centros de Educação Infantil) de Campo Grande, MS. O estágio teve como objetivos: o conhecimento e a análise do espaço institucional de educação infantil, o reconhecimento da especificidade da atuação psicológica e o planejamento da intervenção. A prática de estágio foi desenvolvida por meio de visitas semanais às instituições, de aproximadamente 2h, e supervisão semanal de 4h aula. O relato aponta principalmente a presença de comportamentos cristalizados quanto ao papel do psicólogo escolar, assim como os principais desafios que se apresentam no caminho rumo a um atendimento educacional consistente e coerente à criança de 0 a 6 anos de idade, em creches e pré-escolas.
ResumoA partir da década de 1990, no Brasil, assiste-se a um movimento de combate a discriminações e estigmatizações contra práticas homossexuais. Este estudo procura investigar o discurso psicológico especializado sobre as homossexualidades veiculado pela revista Viver Psicologia, um periódico que abrange não só o profi ssional de psicologia, mas, também, acadêmicos de diversas áreas do conhecimento e a população em geral. A intenção aqui não é a de avaliar a estrutura teórica desses discursos, validade ou paradigmas de apoio, mas trazer à tona orientações dos profi ssionais psi acerca das homossexualidades, oferecidas por meio de um veículo de publicação de fácil acesso ao leitor. Para tanto, foi realizada uma leitura interpretativa dos textos de vinte e cinco exemplares da revista, produzidos por profi ssionaisatravés da técnica de análise de conteúdo -perfazendo um período de dois anos (junho de 2002 a junho de 2004). Os resultados mostram que nos raros momentos em que o tema homossexualidade é alvo de publicação, na revista, o que denota uma forma de preconceito, encontra-se respaldado pela teoria psicanalítica, a qual considerou, por muito tempo, homossexualidade como doença. Palavras-chave:Homossexualidade, preconceito, estigmatização, mídia, psicologia. Homosexualities: Space in a Specialized Journal? AbstractFrom the 1990s, we are witnessing a movement to combat discrimination and stigmatization against homosexual practices in Brazil. This study aims to investigate the psychological discourse specialized on homosexuality published by the magazine 'Viver Psicologia', a journal that covers not only psychology professionals, but also academics from various fi elds of knowledge and the general population. The aim of this research is not to evaluate the theoretical structure of these discourses, validity or support paradigms, but assessing psychology professionals' guidance about homosexuality, offered through a publishing vehicle easily accessible to the readers. To this end, through the technique of content analysis, we performed an interpretative reading of texts from twenty-fi ve issues of the magazine produced by professionals for a period of two years (June 2002 to June 2004. The results show that in the rare cases in which the theme homosexuality is published in the magazine -which denotes a form of prejudice -it is backed by the psychoanalytic theory, which had dealt with homosexuality as a disease for a long time.
RESUMOA escolha dos alimentos tem sido estudada por várias áreas do conhecimento, entre elas destacando-se o Marketing, a Economia, a Psicologia, a Nutrição, a Medicina, a Sociologia e a Antropologia. A área do Marketing e da Economia trata da escolha de produtos, utilizando modelos na maioria quantitativo-econométricos, ao contrário deste estudo, que utiliza a metodologia qualitativa, baseando-se na teoria da intergeracionalidade, por considerar a escolha, sobretudo a de alimentos, um fenômeno complexo. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com dez mães residentes na cidade de Campo Grande/MS. A técnica utilizada para o estudo dos dados é a análise de conteúdo. Os resultados apontam que, além das restrições estruturais, existe a presença do fenômeno da intergeracionalidade como fator importante na escolha de alimentos. Sendo assim, pode-se dizer que no processo de escolha de alimentos está presente a herança simbólica recebida, principalmente da mãe, influenciando as atuais escolhas dos indivíduos por alimentos.
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