“…É possível inferir, portanto, que sua trajetória pessoal tenha contribuído para que, pouco a pouco, o escritor começasse a se desinteressar pela vida em sociedade e resolvesse se embrenhar na selva argentina, onde passaria grande parte de sua vida adulta. A partir de então, cada vez mais cresce a influência da natureza em sua produção ficcional, de modo que os primeiros textos, poemas a meio caminho entre o simbolismo e o decadentismo (Monegal, 1961) reunidos na obra de estreia Los Arrecifes de Coral (1901), cedam passagem aos contos que o consagrariam e o tornariam um mestre do gênero, a começar pelas obras Cuentos de Amor de Locura y de Muerte (1917) e Cuentos de la Selva (1918), culminando na obra Los Desterrados (1926), em que o vigor narrativo atinge a síntese de sua poética e, ao mesmo tempo, abrem passagem para a fase de decadência do autor:…”