Humanização nos cursos de graduação da área de saúde: uma revisão integrativa

Abstract

O objetivo deste trabalho foi analisar os desafios da inserção da humanização nos cursos de graduação da área da saúde. Trata-se de uma revisão integrativa de artigos indexados nas bases de dados MEDLINE, LILACS, BDENF, Scopus e Google Acadêmico, no período de 2010 a 2020. Foi utilizada a combinação dos seguintes descritores controlados, nos idiomas Português e Inglês: Docente/Teaching, Humanização/Humanization, Ensino/Faculty e Saúde/Health. Foram incluídos 15 estudos desenvolvidos no Brasil, Chile e Colômbia. A partir da leitura na íntegra dos artigos, surgiram três temáticas mais frequentes: desafios da humanização na área da saúde, desafios da humanização no ensino-aprendizagem e desafios da humanização no trabalho docente. O conceito de humanização para docentes e discentes da área da saúde está relacionado à abordagem integral do cuidado na assistência, vivenciado no ato das práticas clínicas, associado aos processos de empatia e acolhimento, o qual resgata a dimensão humana. Apesar da curricularização da humanização nos cursos de graduação ser uma tendência, há desafios que impedem que aconteça de forma plena, a exemplo da sobrecarga laboral e da escassez de aulas práticas, gerando consequências desfavoráveis durante a graduação e formação do discente.

O protagonismo da mulher no rastreamento do câncer do colo do útero e mama

“…A humanização da atenção à saúde coloca em destaque a valorização do protagonismo dos pacientes, o respeito às diferenças e a centralidade do diálogo (Cortez et al, 2019). Logo, a implementação das ações humanizadas na assistência contribui diretamente com a resolutividade das ações educativas e de promoção à saúde (Mélo et al, 2021). Na consulta ginecológica essa implementação se faz ainda mais necessária, já que a exposição do corpo e das zonas erógenas podem acarretar sentimentos de medo, desconforto e vergonha em algumas mulheres, e estes podem dificultar e interferir negativamente na realização e adesão do exame e na relação de autoconhecimento da mulher com o seu corpo (Amud et al, 2020;Dantas et al, 2018;Maia et al, 2020).…”