Tendo em vista o crescimento da atividade pesqueira em todo o mundo, sobretudo da pesca artesanal, e a maior produção de resíduos sólidos oriundos desta atividade, medidas de reaproveitamento devem ser adotadas como forma de amenizar os danos causados devido ao mal descarte. Uma forma eficaz de evitar o descarte de resíduos é encontrar um uso alternativo deste insumo, de modo a aproveitá-lo completamente. Processos biotecnológicos dos mais simples como cortumização e decomposição aos mais complexos e caros como extração de proteínas, enzimas e lipídeos pode garantir ao subproduto uma qualidade de coproduto, ou seja, um novo material com valor comercial. Assim, essa mini revisão objetivou relatar sobre o estado atual da pesca de apaiari no Brasil e diferentes modos de reaproveitamento dos resíduos gerados pelo seu processamento. Dentre os tópicos abordados nesse estudo, a ecologia e dados referentes a pesca de apaiari no norte e nordeste do Brasil, mostraram a importância dessa espécie em diversas culturas. Foi evidenciado a predileção dos consumidores de peixes pelo seu filé, que percentualmente falando não ultrapassa 30% do todo. Tópicos seguintes descreveram estudos referentes aos subprodutos oriundos do processamento de diferentes tipos de peixes e seus potenciais bioativos, como teor proteico, enzimático e lipídico, mostrando também processos biotecnológicos que visaram aplicar esses resíduos em diferentes setores da indústria, como na produção de silagem, compostagem, fonte alternativa de proteínas em ração, entre outros. Ao deste estudo, atenta-se aos diversos modos de reaproveitamento de resíduos e como todos esses podem se aplicar ao apaiari, podendo garantir maior fonte de renda e abranger mais setores industrial ao quesito de pescado.