O presente artigo busca analisar a participação das crianças no Movimento Sem Terra, de forma a discutir sua condição de ator político, a partir da discussão de três eventos voltados para a organização e formação política das crianças Sem Terrinha. Tem-se em vista apreender a singularidade das ações políticas infantis, suas linguagens, entendendo que tais ações ocorrem no interior de relações intergeracionais de poder entre adultos e crianças do movimento social. Verificou-se que as crianças, ao longo do processo de ação e formação política, demandam do movimento social a construção de experiências formativas identificadas com suas linguagens, bem como sua participação na coordenação e nos processos decisórios do movimento social.