I Seminário De Ensino De Desenho Industrial De 1964/1965: O Primeiro Debate Entre Instituições

Ferreira, Eduardo Camillo Kasparevicis; Braga, Marcos da Costa

doi:10.5151/despro-ped2016-0025

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“…O primeiro desses marcos foi o Currículo Mínimo de Desenho Industrial -CM, publicado em 1969. A despeito das discussões que aconteceram no campo ao longo da primeira metade dos anos 1960, nos eventos da categoria, e à revelia de qualquer consulta à categoria dos desenhistas industriais (FERREIRA & BRAGA, 2016), o Ministério da Educação -MEC publica o primeiro CM, baseando-se principalmente no ensino da Escola Superior de Desenho Industrial -ESDI, um certo tipo de funcionalismo derivado da sua inspiração na escola de Ulm à revelia de marcas mais regionais (SOUZA LEITE, 2007), tornando-o assim paradigma nacional para o ensino da profissão (FERREIRA, 2017).…”

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“…Habitus na noção de Bourdieu seria "[...] sistema das disposições socialmente constituídas que, enquanto estruturas estruturantes, constituem o princípio gerador e unificador do conjunto das práticas e das ideologias características de um grupo de agentes"(BOURDIEU, 2005, p. 191. 2 O curso da Fauusp, ainda que tomado como uma das referências fundadoras do ensino de Desenho Industrial no Brasil, era a rigor uma sequência de disciplinas inseridas no curso de Arquitetura da instituição(BRAGA, 2016) …”

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Currículos mínimos de Desenho Industrial e os reflexos do campo brasileiro de design de 1960 a 1989

FERREIRA¹,

BRAGA²

2022

Blucher Design Proceedings

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O artigo propõe algumas reflexões e relações entre a história dos Currículos Mínimos de Desenho Industrial e algumas características que constituíram a história do campo brasileiro de design. São elas: 1. a representatividade da categoria profissional na redação dos Currículos Mínimos; 2. a perda de hegemonia das associações profissionais e a consolidação de um campo acadêmico do desenho industrial; 3. atividade projetual de Desenho Industrial como uma atividade reservada a cursos superiores; e 4. a longa vigência dos Currículos Mínimos e de seus conceitos para formação do desenhista industrial. Finaliza-se ressaltando o anacronismo ideológico destes conceitos diante das mudanças no campo do design, e os efeitos persistentes dessas ideias.Palavras-chave: Currículo Mínimo, História do Ensino de Design, História do Design.The article proposes some reflections and relations between the history of the Minimum Curriculum of Industrial Design and some characteristics that constituted the history of the Brazilian field of design. They are: 1. the representation of the professional category in the writing of the Minimum Curriculum; 2. the loss of hegemony of professional associations and the consolidation of an academic field of industrial design; 3. Industrial Design project activity as an activity reserved for higher education courses; and 4. the long term validity of the Minimum Curriculum and its concepts for the formation of the industrial designer. It ends by emphasizing the ideological anachronism of these concepts in the face of changes in the field of design, and the persistent effects of these ideas.

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Currículos mínimos de Desenho Industrial e os reflexos do campo brasileiro de design de 1960 a 1989

FERREIRA¹,

BRAGA²

2022

Blucher Design Proceedings

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“…Apesar da curta duração, o IAC formou as bases das disciplinas de Desenho Industrial e Comunicação Visual, incluídas em 1962 no curso de Arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, FAU USP.2.2.3 Cursos de nível superior em design e design de moda no BrasilÉ a partir da década de 1960 que o campo profissional do design no Brasil começou a se institucionalizar, marcado pela aberturados primeiros cursos de desenhista industrial de nível superior. Esse movimento foi impulsionado pelo processo de consolidação da indústria nacional, apoiado por planos e incentivos federais(FERREIRA, BRAGA, 2016). As primeiras escolas de design nascem na região sudeste do Brasil, na década de 1960, sob influência do modelo educacional das escolas alemãs Bauhaus (1919-1033) e Escola de Ulm, Hochschule für Gestaltung (HfG).Em São Paulo, as disciplinas de desenho industrial, baseadas no conteúdo e procedimentos do IAC do MASP, foram incluídas em 1962, no curso de Arquitetura daFaculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP).…”

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“…Este curso, que foi referência local e nacional, encerrou novas inscrições a partir do segundo semestre de 2019.O otimismo relacionado à industrialização brasileira daquela época incentivou a criação de um órgão representativo da categoria, com o objetivo de divulgar a atividade profissional e estimular a contratação de serviços de design: a Associação Brasileira de Desenho Industrial, ABDI. SegundoBraga (2016) a ABDI constituiu-se no eixo Rio de Janeiro -São Paulo em 1963, por profissionais e também professores de desenho industrial da ESDI e FAUUSP. Em uma das mostras promovidas pela entidade, é possível verificar a produção em design têxtil, pela descrição dos painéis da exposição onde creditavam aos designers a produção do desenho gráfico, bem como pelo desenvolvimento de "de móveis e de padronagens para tecidos"(BRAGA, 2016).Em 1967, a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) cria o curso de Desenho Industrial e Comunicação Visual, na Faculdade de Artes e Comunicação.…”

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“…SegundoBraga (2016) a ABDI constituiu-se no eixo Rio de Janeiro -São Paulo em 1963, por profissionais e também professores de desenho industrial da ESDI e FAUUSP. Em uma das mostras promovidas pela entidade, é possível verificar a produção em design têxtil, pela descrição dos painéis da exposição onde creditavam aos designers a produção do desenho gráfico, bem como pelo desenvolvimento de "de móveis e de padronagens para tecidos"(BRAGA, 2016).Em 1967, a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) cria o curso de Desenho Industrial e Comunicação Visual, na Faculdade de Artes e Comunicação. (MOURA, LAGO,2015).…”

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Design têxtil: desdobramentos e conexões na cadeia produtiva do Brasil

Debasa

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orientadora desta pesquisa, pela confiança e incentivo nos projetos realizados durante a trajetória deste mestrado e pelos ensinamentos e indagações durante as aulas em Processo Criativos, que nos levou a esse encontro. Meu agradecimento ao corpo docente dos cursos de pós-graduação da Universidade de São Paulo (USP), que engrandeceram meus conhecimentos nas áreas do design, especialmente aos professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU): Prof. Dr. Luís Cláudio Portugal do Nascimento, Profa. Dra. Denise Dantas e Profa. Dra. Sara Miriam Goldchmit. Estendo minha gratidão pelo olhar crítico sobre a indústria, o trabalho e a sustentabilidade ao Prof. Dr. Antônio Takao Kanamaru da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e ao Prof. Dr. Arnaldo Mazzei Nogueira da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA). Agradecimentos à Profa. Dra. Francisca Dantas Mendes e ao Prof. Dr. Auresnede Pires Stephan (Prof. Eddy) pelas valiosas contribuições no exame de qualificação, que foram de grande importância para a finalização desta pesquisa de mestrado. À Profa. Ma. Mitiko Kodaira de Medeiros, que me encaminhou ao percurso acadêmico, e sendo a minha primeira (e eterna) orientadora na pós-graduação lato sensu, tenho uma enorme gratidão pelo crescente aprendizado. À linguista aplicada e escritora Dra. Maria Cristina Damianovic, agradeço por todo o encorajamento e enriquecedores conselhos recebidos e pelas traduções realizadas. Agradeço a designer de superfície Renata Rubim, pela disponibilidade em conversar e compartilhar seu enorme conhecimento. Agradeço ao Marcelo Villin Prado, diretor do IEMI -Inteligência de Mercado, por ter prontamente esclarecido os dados e números computados na pesquisa de mercado relacionada à cadeia produtiva têxtil e de confecção no Brasil.Neste percurso de muitas leituras, tive o prazer de ter acesso a duas importantes bibliotecas, graças à atenção especial de seus respectivos responsáveis: Sandra Tokarevicz, da Biblioteca da EACH -USP, e Gabriel dos Santos Alcaide e toda a equipe da Biblioteca Sophia Marchetti, da unidade de Perdizes, da Faculdade Santa Marcelina (FASM), aos quais eu agradeço.Meu muito obrigada às companheiras de mestrado, Ma. Chris Mazzotta e Ma. Luci Hidaka, que estiveram sempre disponíveis para as trocas de informação e mútua colaboração, com quem criei laços de amizade e de admiração.Agradeço aos habilidosos revisores que me acompanharam nesta jornada da escrita, Carlos Coelho, Caroline Ferreira, e especialmente Andrea Souza que se dedicou a cada palavra dessa dissertação.Esta pesquisa não poderia ter sido realizada sem a compreensão e a colaboração do meu marido e filho, Claudio e Martim, pelos quais tenho um profundo amor e que me apoiaram nos períodos de dedicação aos estudos.Palavras-chave: Design têxtil. Design de superfície. Design de estampa. Indústria têxtil -Brasil. Cadeia têxtil e de confecção.

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I Seminário De Ensino De Desenho Industrial De 1964/1965: O Primeiro Debate Entre Instituições

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Currículos mínimos de Desenho Industrial e os reflexos do campo brasileiro de design de 1960 a 1989

Currículos mínimos de Desenho Industrial e os reflexos do campo brasileiro de design de 1960 a 1989

Design têxtil: desdobramentos e conexões na cadeia produtiva do Brasil

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