[Id 36947] Características De Neonatos Com Síndrome Do Desconforto Respiratório Considerando a via De Parto Em Uma Unidade De Terapia Intensiva Da Região Central Do Rs

Abstract

Objetivo: Analisar as características dos neonatos com Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR), considerando a via de parto, admitidos em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital universitário da região central do Rio Grande do Sul. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo, realizado no período de abril a maio de 2017, através da análise de prontuários de neonatos com idade gestacional acima de 37 semanas, ambos os sexos, internados no ano de 2016 na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) do Hospital Universitário de Santa Maria com CID 10 P22 – Desconforto (angústia) respiratório(a) do recém-nascido. Resultados: A amostra foi constituída por 40 registros de nascimentos (25 do sexo masculino), divididos em parto vaginal (n=11) e cesárea (n=29), representando 27,5% e 72,5%, respectivamente, das internações totais. A média de idade materna foi de 27±7 anos, com uma média de 7±5 consultas pré-natais. Durante o período de internação 65%(n=26) dos 40 neonatos necessitaram de oxigenoterapia. Conclusão: A partir dos resultados obtidos no presente estudo, observamos que a SDR representa 11% das internações ocorridas na UTIN, no ano de 2016. A prevalência, quanto ao tipo de parto, foi de neonatos nascidos de cesariana, sem a presença do trabalho de parto e com idade gestacional de 38 semanas.
 
 Descritores: Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Recém-Nascido. Síndrome do Desconforto Respiratório. Cesárea. Parto Normal.

Perfil clínico de neonatos admitidos em uma unidade de terapia intensiva neonatal / Clinical profile of neonates admitted to a neonatal intensive care unit

“…Pesquisa que analisou as características de neonatos com síndrome do desconforto respiratório em UTIN identificou apenas a utilização de CPAP em (30%) e da ventilação mecânica (15%) nessas crianças (PRESTES et al, 2019). Outro estudo apontou a utilização predominante da ventilação mecânica (33,9%), seguida do CPAP (22%) e do HOOD em menor proporção (5,1%) como dispositivos de suporte ventilatório em RN internados em unidades neonatais (ARAÚJO et al, 2017).…”

Perfil do recém-nascido internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: revisão integrativa

“…Ao buscar traçar um perfil dos neonatos, identificou-se que o sexo masculino é o de prevalência nas internações (Bernardino et al, 2020;Sousa et al, 2018;Lima et al, 2015;Lages et al, 2014;Martins et al, 2013;Yang & Meng, 2020;Prestes et al, 2019;Santiago et al, 2017;Haltren & Malhotra, 2013;Piccoli et al, 2012;Umran & Jammali, 2017). Apesar de alguns estudos divergirem, como no caso de Barbosa et al (2021) que não encontraram diferença significativa quanto ao sexo e Costa et al (2017), em que a predominância foi do sexo feminino (51,3%), ainda assim nota-se que majoritariamente são RNs do sexo masculino.…”

“…Outros estudos mostraram dados semelhantes com média do apgar no 1º variando de 7 a 8 e no 5° minuto foram de 7 a 10, mesmo com a predominância dos casos de prematuridade e baixo peso (Pitilin et al, 2021;Prestes et al, 2019;Lima et al, 2015;Martins et al, 2013;Santiago et al, 2017;Haltren & Malhotra, 2013).…”

“…Já com relação ao tipo de parto, a maior parte dos estudos identificou que o parto cesáreo foi o mais utilizado (Barbosa et al, 2021;Valcin et al, 2020;Yang & Meng, 2020;Prestes et al, 2019;Umran & Jammali, 2017;Costa et al, 2017). Desses, segundo os estudos de Yang & Meng (2020) e de Umran e Jammali (2017), a maioria ocorreu de forma eletiva, sendo 56% e 65%, respectivamente.…”

“…Em estudo com RN muito prematuros observou-se que 66% eram muito baixo peso (<1500g) e 9% eram extremamente baixo peso ao nascer (<1000g) (Zhou et al, 2014). No entanto, algumas controvérsias Research, Society and Development, v. 11, n. 13, e416111335799, 2022 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35799 foram identificadas, como nos estudos de Santiago et al (2017), Yang e Meng (2020), Prestes et al (2019) e de Umran e Jammali (2017), com médias de peso entre 2500g e 3250g. Uma grande diferença foi observada por Haltren e Malhotra (2013), que investigaram bebês admitidos com hipoglicemia em uma unidade neonatal, nestes a média de peso ao nascer foi de 3.000g, com intervalo entre 1.581g e 5.300g.…”