“…Neste sentido, Louro (2000) afirma que a sexualidade, diretamente ligada à identidade, também não pode ser considerada natural em si, pois isso impede a visão crítica acerca das dimensões social e política da sexualidade. Do mesmo modo, a sexualidade também se coloca como construto social, uma vez que não se pode concluir que todos os indivíduos exerçam a sexualidade de igual maneira, pois, para Silva et al (2019), ela implica rituais, linguagens, fantasias, representações, símbolos, convenções, isto é, processos profundamente culturais e plurais. De igual maneira, Louro (2000, p. 5-6) assevera que nem mesmo as concepções sobre o corpo e sobre a natureza são naturais, tampouco o é a sexualidade, considerando que os sentidos atribuídos a tais conceitos decorrem dos códigos sociais e culturais que, constantemente, reinventam suas próprias práticas e processos.…”