O processo de envelhecimento populacional e as mudanças no comportamento sexual da população idosa, por meio dos métodos para contornar as disfunções sexuais, juntamente com a resistência em usar preservativo têm gerado um novo cenário epidemiológico acerca das infecções sexualmente transmissíveis em idosos nos últimos anos, notável com o aumento do número de casos. O objetivo é identificar a prevalência dos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), no Brasil, em indivíduos com 60 anos ou mais, de ambos os sexos. Trata-se de um estudo transversal, observacional e quantitativo realizado por meio de consulta de dados presentes no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), referentes ao período de 2017 a 2021, que, posteriormente, foram reorganizados por meio do programa Microsoft Excel. Neste período foram notificados um total de 275.380 casos de infecções sexualmente transmissíveis na população idosa de 60 a 89 anos. É notório o crescimento de casos de 2017 a 2019, uma queda importante em 2020 e, logo depois, um crescimento em 2021. A categoria de maior notificação foi a do sexo feminino. Conclui-se, então, que as ISTs em idosos é uma problemática de saúde pública cercada de desafios que necessitam ser trabalhados por meio, por exemplo, da execução de campanhas de prevenção específicas, considerando as necessidades e particularidades deste grupo social.