Imaginário coletivo de idosos participantes da Rede de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa

Abstract

Resumo A concepção de Rede de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa (RPDI) se destaca como espaço de luta coletiva pelo direito dos idosos, por meio de reuniões sistemáticas destes com profissionais de diferentes instituições e pela articulação para a implantação de políticas públicas. Este estudo, caracterizado como pesquisa qualitativa pautada no método psicanalítico, teve o objetivo de compreender o imaginário coletivo de idosos que participam de encontros organizados pela RPDI sobre o envelhecimento. Os participantes foram convidados para entrevista coletiva, na qual foi utilizado o procedimento de desenhos-estórias com tema como recurso facilitador da comunicação emocional. A análise dos desenhos e narrativas possibilitou reconhecer dois campos de sentido afetivo-emocional denominados “velhice como desamparo” e “velhice como responsabilidade pessoal”. Os caminhos que levaram aos campos de sentido apontaram dinâmicas heterogêneas no imaginário coletivo sobre o envelhecimento, além de contradições inerentes ao ser idoso. Apesar do desamparo, da luta contínua e persistente, das fatalidades e da negação da velhice, está também presente a força que a experiência de vida lhes dá e a motivação que encontram na união com seus pares para enfrentar os desafios da vida e lutar por seus direitos.

The social identity of older adults from the perspective of children

“…This perspective of personal responsibility was also addressed in another study, the results of which show old age as the result of a life story, personal choices and how one has lived over the years. A healthy lifestyle, with good nutrition, physical exercise, proximity to nature and family, allows older adults to be happy, healthy and active 16 , as was seen in the present study (Class 6).…”

“…In this regard, as shown in Class 4, the children attributed the characteristic of dependence to the older adults, describing them as needing to live close to or with their families, recognizing the family as a means of support and considering such support as one of the most important factors for coping with losses due to old age 15 . It is noteworthy that frailty, exposed in Classes 4 and 2, often caused by pathological aging, implies greater needs and requires greater attention and care 16 .…”

“…Every individual is aware of temporality and its physiological reflexes, even if they do not recognize them in themselves 6 . Temporality is coercive and awareness of the finitude of life generates anxiety and affects the attitude of individuals towards life projects 16 .…”

Percepções de gestores sobre a implementação de políticas públicas direcionadas ao envelhecimento em um município de referência do Rio Grande do Sul

“…Entretanto, é necessário enfatizar que este não constitui processo homogêneo, no qual algumas pessoas idosas mantêm bons níveis de autonomia e capacidade funcional para gerir a própria vida, participando socialmente, enquanto outras sofrem com o adoecimento ou reduzido acesso a recursos de subsistência (Mazuchelli et al, 2021;Souza, & Machado, 2018). Assim, cabe ao poder público a busca por soluções estratégicas que assegurem a implementação de ações de atenção e cuidado resolutivas (Manna et al, 2018) diante do desafio de colaborar com a pessoa idosa na busca por novas possibilidades para a vida com qualidade (Pereira et al, 2017).…”

O imaginário coletivo de mulheres de meia-idade com câncer de mama em tratamento quimioterápico

“…A literatura reconhece a pluralidade e diversidade dos imaginários coletivos relacionados ao processo do envelhecimento. Estudo sobre o imaginário coletivo identificou os campos de sentido afetivo-emocional "velhice como desamparo" e "velhice como responsabilidade pessoal" e destacou que existe uma dinâmica entre a luta para suportar o desamparo e a motivação para enfrentar os desafios da vida (Manna, Leite, & Aiello-Vaisberg, 2018). Outro estudo sobre a experiência emocional do envelhecimento em uma perspectiva psicanalítica winnicottiana identificou um campo de sentido afetivo-emocional que subsidiou uma experiência emocional de luto e de resiliência, com manifestação do desejo de prosseguir de maneira positiva (M.M.…”