RESUMO Novos genótipos híbridos de bananeira têm sido inseridos no mercado brasileiro, embora ainda não existam informações consistentes sobre seus possíveis impactos em relação às pragas da cultura. O moleque-da-bananeira (Coleoptera: Curculionidae) é fortemente atraído pelos voláteis do rizoma da bananeira e acredita-se que sua atração pelos genótipos híbridos seja diferente da observada para variedades. Este estudo objetivou avaliar a resposta olfativa do moleque-da-bananeira, Cosmopolites sordidus (Coleoptera: Curculionidae) a 20 genótipos de bananeira, em laboratório. De acordo com a semelhança genética e comercial dos genótipos, foram estabelecidos quatro agrupamentos: 1) Cavendish; 2) Prata; 3) Maçã/Conquista e 4) Ouro/Terra/Caipira/Figo. No bioensaio 1, a atração do moleque-da-bananeira foi avaliada entre os genótipos do mesmo agrupamento e, no bioensaio 2, os genótipos previamente selecionados foram comparados entre si. Em ambos os bioensaios, a testemunha foi representada pela ausência do rizoma. O estudo foi repetido com insetos e rizomas coletados em abril (primeira época) e julho (segunda época) do ano agrícola de 2011. Na primeira época, os genótipos selecionados foram: Nanicão (AAA); FHIA 18 (AAAB); Princesa (AAAB); Ouro (AA) e Prata anã (AAB) (bioensaio 1). Na segunda época, os genótipos selecionados foram FHIA 17 (AAAA), PA 9401 (AAAB), Thap Maeo (AAB), além de Nanicão e Ouro (bioensaio 1). No geral, apenas as variedades Nanicão (AAA) e Ouro (AA) foram mais atrativas que a testemunha (primeira e segunda épocas, respectivamente) (bioensaio 2). No entanto, não foi observada clara influência do genótipo sobre a resposta olfativa de C. sordidus, indicando que os híbridos de bananeira apresentam atratividade semelhante à das variedades.