O objetivo deste trabalho foi avaliar a fertilidade de áreas de Terra Preta de Índio no sul do Amazonas. O trabalho foi realizado nos municípios de Apuí e Manicoré – AM, onde foram selecionados lotes de assentamento rural pertencentes a agricultores familiares, com uso de Cacau (Theobroma cacao), Café Conilon (Coffea canephora) e Pastagem (Brachiaria brizantha), sendo demarcados 88 pontos amostrais em cada área, totalizando 264 amostras de solo por malha. As análises laboratoriais consistiram na realização da análise química, onde foram determinados o pH em água, acidez potencial (H+Al), alumínio trocável (Al³+), cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), fósforo (P) e potássio (K). Os dados foram interpretados e submetidos à análise estatística descritiva. Observou-se que o pH exibiu variações entre 5,0 – 6,0. A acidez potencial (H+Al) apresentou-se muito alta em todos os usos. O alumínio trocável (Al3+) se demonstrou baixo e muito baixo. Os teores de Ca2+ e Mg2+ foram considerados muito bons para todos os usos. Os teores de fósforo disponível apresentaram-se bom e muito bom. O potássio trocável foi muito baixo em todas as áreas. A saturação por alumínio foi classificada como muito baixa e a saturação por bases exibiu teores considerados muito bons em todos os usos. Logo, conclui-se que as áreas de Terras Pretas de Índio área sob cultivo de cacau e pastagem apresentaram teores de cálcio, magnésio, fósforo, saturação por bases e CTC conferindo-lhes maior fertilidade, enquanto a área cultivada com café apresentou saturação por bases inferior a 50%, sendo considerado um solo distrófico.