Introdução: A Sequência de Robin (SR) refere-se a associação de micrognatia e glossoptose que levam as obstruções respiratórias, podendo ainda estar associada a essa afecção a fissura de palato. Essas manifestações clínicas são heterogêneas, cada recém-nascido (RN) pode apresentar desde leve dificuldade respiratória e alimentar até graves complicações, tornando assim os primeiros meses de vida decisivos e é nessa faixa etária que a as manifestações clínicas das malformações são mais acentuadas e necessitam de intervenção rapidamente para que não haja complicações no desenvolvimento. Os RN com SR necessitam passar por períodos de internação para a que a atuação da equipe multidisciplinar possa sanar suas dificuldades iniciais. Sendo assim são considerados bebês de risco, com maiores chances de apresentarem alterações de crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) nos primeiros anos de vida, gerando possíveis problemas no futuro. Objetivo: Avaliar o DNPM de bebês de zero a doze meses com Sequencia Robin Isolada (SRI). Material e Método: A pesquisa recebeu aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do HRAC/USP sob parecer de n°1.489.412 e CAEE 53941516.0.0000.5441. Os sujeitos da pesquisa foram 20 bebês com Sequência de Robin Isolada (SRI), internados na Unidade de Cuidados Especiais (UCE) do HRAC/USP, na faixa etária de zero a um ano de idade. Foi realizada revisão de prontuário para verificar a elegibilidade dos bebês para pesquisa, assim que verificado a SRI os pais foram convidados a participar da pesquisa. Tosos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Após consentimento, foi realizada coleta de dados nos prontuários dos bebês e realizada avaliação do desenvolvimento usando o "Teste Denver II", a qual avalia quatro áreas do desenvolvimento, sendo estas a área pessoal-social, motor fino-adaptativo, linguagem e motor grosseiro. As avaliações foram realizadas na UCE, com duração de 30 minutos cada. Ao final todos os pais receberam o resultado da avaliação e quando foi verificado atrasos no desenvolvimento, os bebês foram encaminhados para o setor de Terapia Ocupacional do HRAC-USP. Resultados: Após avaliação, 85% dos bebês apresentaram risco para o desenvolvimento, a área da linguagem foi a mais afetada com 70,6% de atrasos identificados, seguido da área motor grosseiro, motor fino adaptativo e pessoal-social, sucessivamente. Conclusão: Com a realização deste estudo podemos verificar que esses bebês, por apresentarem suas complicações clinicas acentuadas na faixa estaria de 0 a 1 ano, apresentaram atrasos no desenvolvimento nesse período. Assim, existe a necessidade de acompanhar e intervir precocemente para prevenir possíveis riscos futuros para o desenvolvimento dessas crianças e é o terapeuta Ocupacional o profissional qualificado para realizar o acompanhamento e intervenção com esses bebês.