“…A visitação aberta dos pais proporciona um vínculo que os tranquiliza, uma vez que ao acompanhar os procedimentos realizados, entender o funcionamento da unidade e assim, comprovar a qualidade do cuidado, é possível criar confiança e segurança em relação à equipe (Banhara, Farinha, Henrique, Razera, Alves & Trettene, 2018) Todavia, a presença dos pais por vezes pode causar desconforto tanto nos profissionais quanto aos familiares, uma vez que, quando estes não são bem informados sobre a necessidade de um procedimento invasivo, quando não há uma comunicação mais empática ou uma escuta ativa que demonstre compreensão e apoio, tendem a ver uma mecanização nos cuidados ou não entendem a necessidade de um procedimento que apesar de causar dor, é indispensável para o tratamento de seu filho, como observado a seguir: E7: "São boas, cuidam super bem…é só que pelo costume de lidar com isso eu acho que pra eles é algo comum, mas eles cuidam muito bem [..] às vezes eu acho que falta um pouco mais de humanidade, elas cuidam muito bem, fazem o trabalho direito, mas é que eu acho que isso acaba ficando tudo normal né? pelo costume deles de lidar com isso todo dia...e no caso pra gente tá vivendo isso pela primeira vez, é algo novo, é mais difícil e complicado" As falas demonstram o quanto a família ainda carece da atenção e do suporte da equipe, pois apesar de considerar o cuidado adequado, tem-se uma visão mecanicista e por vezes insensível da equipe em relação aos procedimentos, devido a dor que possa estar causando ao recém-nascido.…”