Objetivo: Descrever os achados ultrassonográficos das gestações gemelares e os seus desfechos. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo e descritivo, com abordagem quantitativa, por meio de análise de prontuários de pacientes com gestação gemelar que evoluíram para parto no período de janeiro a dezembro de 2019 em uma maternidade de referência em gestações de alto risco e que realizaram ultrassonografia obstétrica previamente. Resultados: A frequência de gestações gemelares foi de 2,7%, sendo a corionicidade mais encontrada do tipo dicoriônica-diamniótica (49,1%) e as complicações mais encontradas foram pré-eclâmpsia (42,2%) e restrição de crescimento fetal (37,9%). A maioria das gestações apresentou volume de líquido amniótico e índices Dopplerfluxométricos normais. A cesárea foi a principal via de parto e a maioria dos recém-nascidos foram prematuros (72,4%) e de baixo peso (80,2% dos fetos 1 e 75,0% dos fetos 2). Observamos ainda que 6,9% das gestações evoluíram com óbito fetal ou neonatal imediatamente após o parto de um ou ambos os gêmeos. Conclusões: Foi frequente a associação de gemelaridade com pré-eclâmpsia, restrição de crescimento fetal, cesárea, prematuridade e baixo peso dos recém-nascidos. Esse estudo ratifica a associação das gestações gemelares com aumento de riscos de complicações e desfechos desfavoráveis, corroborando a necessidade de mais pesquisa sobre essa temática.