Objetivo: Conhecer o número de casos e taxa de detecção de sífilis em gestantes e de sífilis congênita no Brasil, bem como o perfil dessas gestantes e o momento do diagnóstico. Métodos: Estudo ecológico, com dados referentes à sífilis em gestantes e sífilis congênita no Brasil no período de 2011 a 2020, obtidos na plataforma online de indicadores de Sífilis do Ministério da Saúde. Resultados: Foi observado um aumento gradativo da incidência de sífilis materna e consequentemente de sífilis congênita. Foram registrados 385.412 casos de sífilis em gestantes e 190.034 casos de sífilis congênita no período em estudo. A taxa de detecção de sífilis para cada 1.000 nascidos vivos foi de 4,7 em 2011 e 20,6 em 2020 em gestantes e de 3,3 em 2011 e 7,7 em 2020 em menores de um ano. A sífilis em gestantes foi mais prevalente em mulheres jovens, pardas e de baixa escolaridade. Houve um aumento gradativo no decorrer dos anos do estudo do diagnóstico materno de sífilis no pré-natal nas fases latentes e no 1º trimestre. Conclusão: O Brasil ainda apresenta índices preocupantes em relação à sífilis na gestação e à sífilis congênita, podendo ser consideradas como doenças reemergentes.
Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico e clínico de gestantes de alto risco. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo e descritivo com abordagem quantitativa, elaborado a partir de coleta e análise de dados obtidos em prontuários de gestantes atendidas no pré-natal de alto risco da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará no período de janeiro a junho de 2016. Resultados: A análise dos 536 prontuários incluídos na pesquisa demonstrou que 79,8% das gestantes estão nas faixas etárias abrangentes dos 15 aos 34 anos, 48,3% convivem em união estável, 78% são pardas, 48,3% possuem o ensino médio, 36% são do lar, 44,4% são procedentes de Belém, 81% possuem antecedentes mórbidos familiares e 53,9% antecedentes mórbidos pessoais. Em relação ao histórico obstétrico, 32,1% são primigestas, 65,9% não tem antecedentes de abortamento e 90,1% estavam com idade gestacional inferior a 32 semanas na primeira consulta médica. As três patologias mais prevalentes encontradas nesta pesquisa foram a hipertensão arterial (15,3%), malformações fetais (9,5%) e diabetes (7,3%). Conclusões: Considerando a importância da identificação e intervenção dos fatores de risco gestacional para a redução da morbimortalidade materna e neonatal, é fundamental que pesquisas periódicas sejam realizadas para a identificação dos agravos mais prevalentes, subsidiando o planejamento de estratégias das políticas públicas. Neste estudo, as patologias mais frequentes foram a hipertensão arterial, malformações fetais e diabetes.
Introdução: A mortalidade materna ainda representa um problema evidente na saúde pública nos países em desenvolvimento, entre os quais se inclui o Brasil. Segundo a Organização Mundial daSaúde, a morte materna é definida como a morte de uma mulher durante a gravidez ou no período de 42 dias após o seu término. As causas de mortalidade materna são divididas em: causas obstétricas diretas, as quais resultam de complicações obstétricas na gravidez, parto ou puerpério; e causas obstétricas indiretas, que são resultantes de patologias preexistentes à gravidez ou que se desenvolveram durante o período gestacional e foram agravadas pelos seus efeitos fisiológicos. Objetivo: Descrever as cinco principais causas obstétricas diretas de morte materna no puerpério. Métodos: Esta pesquisa baseou-se no método quantitativo, com uso da análise documental mediante os dados disponibilizados pelo site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), a qual foi realizada em duas etapas: na primeira, delimitaram-se as principais causas de mortes maternas, os tipos de causas obstétricas diretas, o período do puerpério (até 42 dias) e os anos (2015-2019); na segunda etapa, observou-se a tabela e descreveram-se os dados identificados. Resultados: No período em estudo, o total de mortes maternas por causas obstétricas diretas no período puerperal foi de 3.297, das quais, em primeiro lugar, encontra-se a eclâmpsia, com o total de 444 mortes (13,4%), seguida por hipertensão gestacional com proteinúria significativa, responsável por 421 mortes (12,7%), em terceiro e quarto lugar hemorragia pós-parto, com 407 óbitos (12,4%), e embolia de origem obstétrica, com 290 mortes (8,7%), respectivamente, e infecção puerperal no quinto lugar, responsável por 283 óbitos (8,5%). Conclusão: Diante dos dados analisados, concluiu-se que a elevada taxa de mortalidade materna ainda é um desafio para o sistema de saúde brasileiro. Além disso, evidenciou-se que as principais causas são evitáveis por intermédio do fortalecimento da rede de atenção no pré-natal e pela adequada assistência realizada no período puerperal.
Introdução: A sífilis é uma infecção bacteriana de caráter sistêmico, curável e exclusiva do ser humano. A infectividade da sífilis por transmissão sexual é maior nos estágios iniciais (primária, secundária e latente recente), diminuindo gradualmente com o passar do tempo (latente tardia e terciária). A sífilis é transmitida predominantemente por via sexual e vertical. A transmissão vertical acontece mais frequentemente intraútero, embora também possa ocorrer durante a passagem do feto pelo canal do parto. A infecção prévia não confere imunidade protetora, portanto, a pessoa pode se reinfectar a cada vez que for exposta, o que justifica o rastreio mais frequente durante a gestação. A ocorrência de sífilis em gestantes no Brasil vem apresentando aumento significativo, sendo tratada como problema de saúde pública nacional. Ela resulta em graves efeitos adversos para o concepto, desde abortos e óbitos fetais até recém-nascidos vivos com sequelas diversas da doença, que poderão se manifestar tardiamente. Objetivo: Avaliar dados epidemiológicos nacionais sobre a sífilis gestacional. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, de série histórica, sobre sífilis em gestantes no Brasil, com dados obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no período de 2010 a 2020. Foram analisadas as seguintes variáveis: taxa nacional, faixa etária, idade gestacional e classificação clínica. Os dados foram apresentados em forma de gráficos de distribuição de frequências. Resultados e conclusão: Ao avaliar os dados obtidos, constatou-se que a taxa de detecção de sífilis nas gestantes do Brasil por ano apresenta números crescentes, com leve declínio no ano de 2019. Em 2010, representava 3,5 (n: 10.070) casos a cada mil nascidos vivos e, em 2019, alcançou 20,8 (n: 61.127). Em relação à idade gestacional, o diagnóstico precoce no 1º trimestre vem apresentando aumento significativo em comparação com os demais períodos, compondo 42,9% dos casos no ano de 2020, diferentemente do ano de 2010 em que predominava o diagnóstico no 3º trimestre com 37,9%. Já em relação à idade dessas gestantes, a faixa etária de 20 a 29 anos foi mais prevalente em todos os anos, com média de 53% dos episódios. Da amostra analisada, vemos que há aumento no diagnóstico em fase latente, que representa no último ano o total de 38,6% dos casos e a diminuição dos quadros identificados na fase primária com o passar dos anos, totalizando 25,5% no ano de 2020. Dessa forma, conclui-se que a sífilis é um grave problema de saúde pública por sua alta prevalência e sua repercussão materno-fetal. Assim, é fundamental a captação precoce das gestantes para que o diagnóstico e o tratamento ocorram o quanto antes.
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de sífilis gestacional no Município de Parnamirim – RN e os fatores predispostos à incidência da sífilis congênita, no período de 2010 a 2019. Metodologia: Estudo observacional e descritivo dos indicadores: taxa de detecção/1000 nascidos vivos da sífilis gestacional e congênita; perfil em gestantes e a situação assistencial no Pré-Natal. Resultados: Foi observada oscilação dos casos durante o período, sendo a sífilis gestacional, com máxima de 11,7/1000 em 2018 e congênita, com 2,3/1.000 em 2019. Houve maior frequência na faixa etária de 20 a 29 anos totalizando 51%, de nível fundamental incompleto (39,4%), idade gestacional de diagnóstico no terceiro trimestre (44,1%) e classificação clínica para sífilis latente (53%). Ao modelo assistencial, foi frequente à realização do Pré-Natal, com máxima de 88,5%; ao período diagnóstico no parto e pós-parto (52,9%) e, quanto ao esquema de tratamento, 76% foram inadequados. Referente ao indicador de APS apresenta decréscimo durante o período, com 61,7% para cobertura de ESF e 72,5% para AB em 2019. Conclusão: Foi observado oscilação dos casos de sífilis, expondo lacunas no controle da doença, e falhas no modelo assistencial da Atenção Primária disposto no município, sobretudo, durante Pré-Natal, portanto, aumentando os riscos de transmissão vertical para sífilis.
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